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DELEGADO FEDERAL QUE PRENDEU MILTON RIBEIRO É EXONERADO DO SETOR DA PF QUE INVESTIGA POLÍTICOS

POLÍCIA FEDERAL

28/06/2022 - 19:49

Redação

DELEGADO FEDERAL QUE PRENDEU MILTON RIBEIRO É EXONERADO DO SETOR DA PF QUE INVESTIGA POLÍTICOS

Foto: Reprodução

O delegado Bruno Calandrini, chefe do inquérito que apura suposto tráfico de influência no Ministério da Educação e Cultura (MEC), foi exonerado do setor da Polícia Federal responsável por investigar autoridades com foro privilegiado.

Segundo nota divulgada hoje pela PF, Calandrini vai a continuar à frente das investigações sobre suspeitas fraudes no MEC. A PF informou que foi o próprio Calandrini quem pediu, ainda em maio, para deixar o cargo que ocupava na Coordenação de Inquérito nos Tribunais Superiores.

A troca foi formalizada no dia 16 de junho, antes da operação que prendeu o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, de acordo com a PF. Segundo a Polícia Federal, Bruno Calandrini vai agora coordenar a Unidade Especial de Investigação de Crimes Cibernéticos “presidindo trabalhos investigativos sensíveis daquela unidade”.

Calandrini havia denunciado a colegas da PF, em mensagem interna, que sofreu interferência na execução da operação em que o ex-ministro foi preso. Segundo o delegado, houve “decisão superior” para que Ribeiro não fosse transferido para Brasília, conforme determinação judicial emitida na quarta-feira por um juiz federal.

Em razão da "decisão superior", escreveu o delegado, ele deixou de ter "autonomia investigativa e administrativa para conduzir o Inquérito Policial deste caso com independência e segurança institucional".

"Falei isso ao Chefe do CINQ [Coordenação de Inquérito nos Tribunais Superiores, da Polícia Federal] ontem, após saber que, por decisão superior, não iria haver o deslocamento de Milton Ribeiro para Brasília e manterei a postura de que a investigação foi obstaculizada ao se escolher pela não transferência de Milton a Brasília à revelia da decisão judicial", escreveu o delegado na mensagem.

De acordo com o delegado, foram concedidas ao ex-ministro "honrarias não existentes na lei". "O principal alvo, em São Paulo, foi tratado com honrarias não existentes na lei, apesar do empenho operacional da equipe de Santos que realizou a captura de Milton Ribeiro, e estava orientada, por este subscritor, a escoltar o preso até o aeroporto em São Paulo para viagem a Brasília", escreveu.

 

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