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Governo Bolsonaro quer desarmar bases de proteção da Funai em todo o Amazonas

QUER DEVASTAÇÃO E MAIS MORTES

17/06/2022 - 18:10 | Atualizada em 18/06/2022 - 11:08

Eduardo Marque

Governo Bolsonaro quer desarmar bases de proteção da Funai em todo o Amazonas

Foto: Reprodução/Adam Mol/Funai

O governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) emplacou uma força-tarefa para retirar as armas de fogo de todas as bases de proteção da Fundação Nacional do Índio (Funai) no Amazonas, colocando em risco as comunidades indígenas e ribeirinhas. O estado é palco constante de conflitos causados por madeireiros, garimpeiros e narcotraficantes.

Nessa terça-feira, 14, o Metrópoles revelou que o governo federal retirou garruchas que estavam na base de proteção etnoambiental (Bape) de Curuça, na Terra Indígena (TI) do Vale do Javari (AM) – onde o jornalista inglês Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira foram vistos pela última vez há mais de 10 dias.

A retirada, segundo denúncia enviada ao Ministério Público Federal (MPF) e confirmada por fontes da Funai ao Metrópoles, inviabilizou serviços essenciais para a proteção dos grupos indígenas que vivem na TI. Devido à decisão, a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) enviou uma representação à Procuradoria da República do Amazonas (Pram), que abriu procedimento investigatório e, em seguida, transformou a apuração inicial em inquérito civil, no ano passado, para investigar o caso.

Na quarta-feira, 15, o jornal O Estado de S. Paulo mostrou que o Vale do Javari, por exemplo, tem apenas seis agentes da Força Nacional de Segurança Pública, enviados para o patrulhamento da área de 85 mil quilômetros quadrados. A Univaja solicitou reforço ao menos seis vezes. Todos os pedidos foram rejeitados.

Um documento interno da Funai obtido pelo Metrópoles avaliou que o recolhimento de armas de fogo em Curuçá “será amplamente conhecido nos municípios do entorno, aumentando assim a audácia dos infratores ambientais e invasores da Terra Indígena Vale do Javari. A situação de insegurança tornar-se-á insustentável”.

*Com informações do Metrópoles e jornal O Estado de S. Paulo

 

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