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Cantanhêde tem razão, Bolsonaro arma a turba civil para se manter no poder

Nunca foi pelo Brasil, nunca foi pelos ruralistas

10/05/2022 - 09:30 | Atualizada em 10/05/2022 - 18:15

Jô Navarro

Cantanhêde tem razão, Bolsonaro arma a turba civil para se manter no poder

Foto: Reprodução

"Em vez de golpe com militares, o que não se pode descartar é que Bolsonaro esteja criando um clima de tumulto e instabilidade com sua turba civil, que armou com revólveres e fuzis e pode entrar em ação em caso de derrota. Ele está em segundo lugar, com recorde de rejeição", afirma a jornalista Eliane Cantanhêde em artigo publicado hoje (10) no jornal O Estado de São Paulo.

"É assustador assistir a Bolsonaro e sua gente ameaçando Supremo, TSE, ministros e as próprias eleições. O Brasil está normalizando o que não tem nada de normal", assinala.

É verdade. Jair Bolsonaro armou militantes radicais e pretende usá-los em seu plano golpista, caso as urnas confirmem sua derrota para qualquer outro candidato. Aliados do presidente estão reunindo empresários nos Estados para pedir doações a fim de financiar esta empreitada alucinada e tresloucada, apoiada por um punhado de militares e policiais. 

O Caldeirão Político denunciou isto em reportagem publicada no dia 25 de abril, com o relato de um empresário cuiabano que participou de uma reunião de extremistas armados em Cuiabá, que pediram doação para a empreitada. 

Jair Bolsonaro e os filhos foram eleitos graças ao sistema eleitoral, com urna eletrônica. Agora, diante de iminente derrota, pretentem implantar no país um regime autoritário como o da Venezeula. A intenção é perpetuar a própria família no poder. Nunca foi pelo Brasil, nunca foi pelos ruralistas. 

O cenário político e eleitoral evidencia o risco que o País corre com a polarização Lula-Bolsonaro, dois extremos autoritários. De um lado, Lula flerta com ditaduras de esquerda. De outro, Jair Bolsonaro se alia a extremistas de direita em nome de "uma nova ordem mundial".

Extremos são perigosos e representam risco à democracia.

O Brasil precisa quebrar a polarização e envidar esforços numa candidatura democrática de centro. Vivemos um momento crucial, sem espaço para vaidades pessoais. Está nas suas mãos, brasileiros, no dia 2 de outubro, o futuro do País. 
 

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