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Os povos indígenas afetados pela ferrogrão vão lutar no STF

06/05/2022 - 11:37 | Atualizada em 09/05/2022 - 18:56

Redação

Os povos indígenas afetados pela ferrogrão vão lutar no STF

Foto: ANTT

Os povos M?bêngôkre-Kayapó, que serão afetados caso o Governo Federal insista na construção Ferrogrão (liga o Mato Grosso ao Porto de Pirituba, no Pará, passando por dentro de reservas indígenas e ambientais), estão cada dia mais tensos e apreensivos. 

No próximo dia 15 de junho, o pleno do Supremo Tribunal derruba ou mantém a liminar do ministro Alexandre de Moraes que suspendeu o andamento do processo. 

Melillo Dinis, advogado do Instituto Kabu, e autor da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no STF, esteve na região e conta que a maior queixa das comunidades indígenas (que têm milhares de Kayapó) é sobre o desprezo da União, que nem sequer dispôs a ouvi-los. 

Um estudo de pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais mostra que os estudos de impacto ambiental da obra se basearam numa faixa de 10 km para cada lado do entorno da ferrovia. E há claras evidências, segundo os pesquisadores, de que os impactos vão muito além desse limite arbitrário.
 
Em outro estudo, o grupo identificou quais municípios da região serão beneficiados apontou como empreendimentos de infraestrutura de transporte regional podem gerar impactos cumulativos e atuar como indutores aceleradores de processos de mudança no uso da terra

Mellilo Dinis lembra que a situação se estende desde os governos anteriores, sendo que o projeto da Ferrogrão teve início em 2016, quando a então presidente Dilma Rousseff (PT) foi destituída do cargo e Michel Temer assumiu a presidência da República.

 

 

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