Depois de pedir o arquivamento do processo que investiga o contrato de Sergio Moro com a Alvarez & Marsal, o procurador Lulas Furtado hoje reconsiderou sua decisão e pediu ao Tribunal de Contas da União (TCU) que declare a indisponibilidade de bens do ex-ministro da Justiça Sergio Moro como medida cautelar por suposta sonegação de impostos sobre os pagamentos que Moro recebeu da consultoria Alvarez & Marsal.
Trata-se de evidente abuso de poder, considerando que o prazo para os brasileiros apresentarem a declaração de imposto de renda do exercício 2021 termina em abril. Além disso, não cabe ao TCU a fiscalização tributária e discal, mas sim à Receita Federal.
Lucas Furtado delira ao pedir ao TCU a indisponibilidade de bens do presidenciável Sergio Moro, já que não há recursos públicos envolvidos no contrato com a iniciativa privada.
Quem deve de fato ser investigado pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) é o procurador Lucas Furtado, que repentinamente mudou seu posicionamento, levantando suspeita de atuação política, além de flagrante abuso de poder.