Em um discurso dúbio, Rosana Leite de Melo, Secretária Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, fez uma longa apresentação que, ao invés de incentivar a imunização infantil, recomenda que os pais levem seus filhos a uma consulta médica antes de autorizar a imunização.
“Hoje é a concretude da tomada de decisão que nós fizemos. O único imunizante que nós temos autorização para as crianças de 5 a 11 anos é o da Pfizer. É imprescindível que os pais e mães dessas crianças consultem um médico antes de tomar essa vacina, pois a criança está em fase de desenvolvimento. Os responsáveis pela criança devem estar presentes e caso não esteja deve enviar uma autorização por escrito”, disse.
O Ministério da Saúde adotou o intervalo de oito semanas entre a primeira e a segunda dose do imunizante da Pfizer para crianças entre 5 e 11 anos. A inclusão de crianças no Plano Nacional de Imunização (PNI) acontece 20 dias depois da autorização da Anvisa.
Como será a vacinação
em ordem decrescente de idade (das crianças mais velhas para as mais novas), com prioridade para quem tem comorbidade ou deficiência permanente;
sem necessidade de autorização por escrito, desde que pai, mãe ou responsável acompanhe a criança no momento da vacinação;
com intervalo de oito semanas – um prazo maior que o previsto na bula, de três semanas.
Chegada das vacinas
13 de janeiro: primeiro voo com 1,248 milhão de doses;
20 de janeiro: segundo voo com 1,248 milhão de doses;
27 de janeiro: terceiro voo com 1,248 milhão de doses.
Segundo o Ministério da Saúde, a previsão é que 20 milhões de unidades sejam entregues no primeiro trimestre deste ano. Até o fim de janeiro, a estimativa é que 3,7 milhões de doses cheguem ao país. Estes 20 milhões de doses são insuficientes para atender a população de 5 a 11 anos, de 20,5 milhões. As vacinas adquiridas contemplam apenas a primeira dose.
Segundo o ministro Marcelo Queiroga, a ideia é "avaliar a demanda", pois ainda não se tem certeza da adesão dos pais à imunização infantil. O resultado da consulta pública realizada pelo ministério deixou claro que a maioria quer a vacinação, sem necessidade de prescrição, como defendia Queiroga.
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