informe o texto

Notícias | Executivo

Horizonte adverso e sombrio, ninguém quer Bolsonaro

16/11/2021 - 09:13 | Atualizada em 17/11/2021 - 15:10

Cícero Henrique

Horizonte adverso e sombrio, ninguém quer Bolsonaro

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Ninguém é louco de dar o comando do partido para o presidente Jair Bolsonaro, o pior da história, que vem despencando nas pesquisas e apontado por especialistas como sociopata.

O comando de partidos envolve vários fatores, como poder para escolher candidatos regionais, a gestão de fundo partidário e eleitoral milionários, entre outros.

Além disso, Bolsonaro não está mais na condição de exigir nada, seu governo é um dos piores da história republicana, sem contar os escândalos na saúde, o caos na economia, no meio ambiente, na cultura, educação e a matança na pandemia de covid-19. Um governo que rejeitou 6 vezes a vacina da Pfizer, apostando na contaminação da população, em nome da imunização de rebanho.

Bolsonaro não está em alta, pelo contrário, está em baixa. Nos bastidores dizem que nem o PP quer Bolsonaro nas suas fileiras.

Outro fator que pesa muito para os partidos são os filhos do presidente. O impasse para se filiar ao PL tem outras razões. O clã Bolsonaro se desentendeu com o mandachuva Valdemar Costa Neto por causa das composições políticas em São Paulo, Bahia, Pernambuco e Piauí. Na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes, a ideia do Planalto é forçar o PL a desfazer o acordo para apoiar a candidatura do vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB). O presidente tem um time de conselheiros para tratar da filiação. Ele tem conversado nos últimos dias sobre a escolha do partido com os ministros da Casa Civil, Ciro Nogueira (Progressistas), das Comunicações, Fábio Faria (PSD), e do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho (sem partido).

As questões regionais são, por vezes, mais fortes que a nacional. É o caso de Mato Grosso, onde o presidente do PL, senador Wellington Fagundes, nunca irá passar o comando da legenda para um bolsonaristas, além de ter apoiado os governos Lula, Dilma e Temer. Em 2022, Fagundes tende a apoiar Lula.

Em Mato Grosso, o PP vai de PSB. Seu presidente, e as maiores bancadas na Assembleia Legislativa, têm compromisso velado com o governador Mauro Mendes. Bolsonaro, portanto, vai ter de comer o pão que o diabo amassou para se abrigar partidariamente até abril, quando se esgota o prazo para filiações e troca de partidos.

Tudo isso se remete, principalmente, às dificuldades que o presidente e o seu Governo enfrentam. Se estivesse bem avaliado, com ampla chance de ser reeleito logo no primeiro turno, Bolsonaro escolheria qualquer partido e ainda seria extremamente paparicado. Seu horizonte adverso e sombrio está atrelado ao seu ibope. E tende a não mudar nem tão cedo.


 
 

Informe seu email e receba notícias!

Sitevip Internet