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Saúde no limite: Exoneração e demissão voluntária de médicos em Cuiabá

26/10/2021 - 12:28 | Atualizada em 26/10/2021 - 18:50

Da Redação

Saúde no limite: Exoneração e demissão voluntária de médicos em Cuiabá

Foto: Reprodução

O prefeito em exercício de Cuiabá, José Roberto Stopa, confirmou hoje a exoneração de 116 servidores temporários da Secretaria Municipal de Saúde. Os profissionais estão envolvidos no esquema investigado na Operação Capistrum, que afastou o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).

Segundo a Prefeitura, a exoneração será a partir de sexta-feira (29).

Segundo o prefeito em exercício, 143 servidores já haviam sido demitidos antes da operação.

Segundo o Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), as declarações do ex-secretário de Saúde Huark Douglas Correia, no acordo de delação firmado com a 9ª Promotoria de Justiça Cível da capital, revelaram a motivação política na contratação de servidores a fim de pagar por "favores passados, presentes e futuros". 

Demissão em massa
Sem receber salários há três meses, aproximadamente 40 médicos que atuam no Hospital Municipal de Cuiabá e nas unidades de pronto atendimento pediram demissão na segunda-feira (25). Eles divulgaram uma carta aberta em que denunciam a empresa Hipermed, terceirizada, de os obrigarem a trabalhar em condições precárias e, muitas vezes, sem os materiais e medicamentos necessários para prestar um atendimento adequado. Alegam que o atraso nos pagamentos dos médicos é uma característica recorrente no serviço público de saúde.

A Hipermed foi contratada pela Empresa Cuiabana de Saúde Pública, ligada à Prefeitura Municipal de Cuiabá.

"Nós médicos estamos na linha de frente no combate à pandemia. Muitos com turnos dobrados em jornadas cansativas que também colocam em risco nossa própria saúde. Também por esse motivo, é preciso destacar o óbvio; ainda somos cidadãos e trabalhadores, temos direitos e deveres", dizem os médicos.

"Lamentavelmente, somos obrigados a trabalhar sem condições dignas de trabalho e muitas vezes sem os materiais e medicamentos necessários para prestar o melhor atendimento possível a população. Mas fazemos o melhor com que temos à disposição", afirma o documento.

"Comunicamos que não mais desejamos prestar serviços a essas empresas que não demonstram o mesmo compromisso com que executamos nosso trabalho com zelo e dedicação". 
 

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