O presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira disse há pouco, ao defender a PEC 05, que houve acordo com representantes do Ministério Público. Minutos depois os presidentes da Associação Nacional dos Procuradores da República, Associação Nacional dos Membros do Ministério Público e da Associação Nacional dos Procuradores e das Procuradoras do Trabalho.

Ficou feio para Lira. Irritado, ele disse que "não dá para sentar" com os presidentes Manoel Murrieta e Ubiratan Cazetta por que eles "não têm palavra".

“Vamos debater até terça na hora da votação, mas o que não dá é para sentar é com o dr. (Manoel) Murrieta (presidente da Associação Nacional dos Membros do MP) e o dr. Ubiratan (Cazetta, presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República). Esses não têm palavra para sentar e negociar em nome da associação. Aqui nós estamos acostumados a cumprir acordo. Eles fizeram acordo, redigiram texto da funcionalidade e não cumpriram acordo verbal”, disse Lira.

Em nota conjunta, as entidades voltaram a negar o acordo citado por Lira.

"Sobre as declarações proferidas na sessão ocorrida no Plenário da Câmara nesta data (14), a CONAMP, a ANPR, a ANPT, a ANMPM e a AMPDFT reafirmam que, em nenhum momento, houve acordo sobre a última versão do relatório, tendo, inclusive, sido divulgada nota, nesta manhã, pela rejeição da proposta".

Mentir para aprovar proposta em plenário é flagrante quebra de decoro.

 

Presidente da ANPR, @ucazetta e presidentes da @Conamp e @ANPTBRASIL reafirmam posição pela rejeição da PEC 5/2021: "A discussão com o parlamento continuará em busca de um texto que não afete a independência funcional e garanta a atuação correta do MP".#PEC5NAO pic.twitter.com/eheAd3IGQg

— ANPR (@ANPR_Brasil) October 14, 2021