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Deputado Ricardo Barros morou 14 anos em apartamento do pai de dono de farmacêutica investigada pela CPI da Covid

SENADO FEDERAL

15/09/2021 - 15:28

Redação

Deputado Ricardo Barros morou 14 anos em apartamento do pai de dono de farmacêutica investigada pela CPI da Covid

Foto: Reprodução

Amanda Audi, do The Intercept Brasil, conta que quando algum morador de Maringá quer encontrar o deputado federal Ricardo Barros, costuma se dirigir ao apartamento em que ele vive com a família desde 2004 na região central da cidade paranaense. O parlamentar, atual líder do governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados, informou em suas prestações de contas ao Tribunal Superior Eleitoral que o imóvel é sua única propriedade residencial ao longo de quatro eleições seguidas. Porém, até 2018, o apartamento ainda estava em nome dos pais do dono de uma das empresas investigadas na CPI da Covid: a Belcher Farmacêutica.

Trata-se de um imóvel de 380 metros quadrados, com duas vagas de garagem, localizado em um prédio de luxo, com quadra de tênis, piscina e academia, em um bairro arborizado, pertinho dos pontos turísticos da cidade em que o parlamentar começou sua vida política. No site de uma imobiliária local, é possível encontrar um apartamento do mesmo porte, no mesmo prédio, por R$ 3,4 milhões.

Barros comprou o apartamento em 2004 de um antigo amigo e aliado político, Francisco Feio Ribeiro Filho, mais conhecido como Chiquinho Ribeiro, por meio de um “contrato particular” – ou seja, que não foi registrado em cartório. A venda só foi regularizada no 2º Registro de Imóveis de Maringá em 2018, data em que também foi registrado o contrato ‘de gaveta’ firmado 14 anos antes.

Nesse meio tempo, não havia qualquer confirmação legal de que a propriedade estava em nome do deputado. E é aqui que a história fica  interessante: Chiquinho é pai de Daniel Moleirinho Feio Ribeiro, um dos sócios da farmacêutica Belcher do Brasil. A empresa é uma das investigadas na CPI da Covid por suspeita de irregularidades na negociação de vacinas do coronavírus pelo Ministério da Saúde – e Barros, filiado ao PP, é suspeito de beneficiar a farmacêutica.  Leia mais.

 

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