Em 28 de agosto de 2021, o Brasil acumulava 20.703.906 casos confirmados de Covid-19 e 578.326 mortes e Mato Grosso registrava 514.860 casos confirmados e 13.200 óbitos, indicando
aumento de 2,6% dos casos e 2,1% de óbitos em duas semanas.
No Brasil, se mantém, nas últimas semanas, a tendência de queda nos indicadores de incidência e mortalidade por Covid-19 e nas taxas de ocupação de UTI adulto no SUS, embora ainda
permaneça alta a circulação do vírus e a variante Delta se encontra em circulação em vários municípios, com potencial de se disseminar.
Esses resultados indicam que
a vacinação tem feito diferença, porém, não se pode deixar de destacar que as vacinas disponíveis ainda apresentam limites em relação ao bloqueio da transmissão do vírus. Portanto, é fundamental
manter as medidas de proteção, como uso obrigatório de máscaras, higienização das mãos, distanciamento físico e social, evitando aglomerações.
Diante da presença da variante Delta, mais transmissível, e que expõe a população à possibilidade de grande elevação de casos e a possibilidade do surgimento de novas variantes em Cuiabá torna-se premente o atingimento de elevada cobertura vacinal (≥80%) da população elegível com o número de doses adequado, conforme a vacina administrada, em curto prazo.
Desde o registro dos primeiros casos em Cuiabá, a Secretaria Municipal de Saúde, com apoio de pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso, publica o
Informe Epidemiológico sobre a Covid-19, com o objetivo de monitorar o padrão de morbidade e mortalidade e descrever as características clínicas e epidemiológicas dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave - SRAG pelo SARS-Cov-2 em residentes no município de Cuiabá.
Este é o 61º informe produzido, com apresentação das informações desde a data da notificação do primeiro caso em Cuiabá até a 34ª Semana Epidemiológica (SE), compreendendo o período de
14 de março de 2020 a 28 de agosto de 2021.
Destaques do período de 14 de março de 2020 a 14 de agosto de 2021
- Foram registrados 105.848 casos de Covid-19 de residentes em Cuiabá, 94,8% recuperados; 9.432 internações e 3.388 mortes
. Nas duas últimas semanas (SE 33 e SE 34) foram notificados 1.582 casos, 184 internações e 73 óbitos.
- Apesar da tendência de redução no número de óbitos nos meses de maio, junho e julho (SE 18 a SE 30; 02 de maio a 31 de julho de 2021), houve um aumento no quantitativo de óbitos nas duas primeiras semanas de agosto (48 e 44 óbitos nas SE 31 e 32, respectivamente) e redução nas duas últimas semanas (41 e 32 óbitos nas SE 33 e 34, respectivamente).
- O número de casos registrados até o dia 28 de agosto é 8,5% do esperado para o final do mês.
- Observou-se redução da média de idade dos óbitos e internados até a SE 15 (11 a 17 de abril) e SE 20 (16 a 22 de maio), respectivamente. A partir de então, até a última SE, variações ocorreram com nova elevação na média de idade entre os óbitos e estabilidade nos internados. Apesar do aumento da contribuição das faixas etárias de idosos entre os casos de internados e óbitos, a proporção verificada não se apresenta tão elevada como no início do ano.
- Entre os pacientes internados com evolução do caso,
41,8% dos idosos (1.558/3.726), 18,1% (972/5.358) dos adultos, e 8,8% (16/181) das crianças e adolescentes foram a óbito.
- Em 28 de agosto, comparado a duas semanas (14 de agosto), observamos redução da taxa de ocupação de leitos de UTI adulto (32,8%) e de leitos de enfermaria (41,8%) e
aumento da taxa de ocupação de leitos de UTI infantil (41,2%) na capital.
- A taxa de transmissão do vírus nas SE 32 e SE 33 (08 a 21 de agosto) foi estimada em 0,92.
- Até 28 de agosto foram aplicadas 516.342 doses de vacina contra Covid-19, com média de 6.339 doses/dia nas últimas duas semanas (SE 33 e SE 34).
Nesta data, a cobertura vacinal foi de 31% - 142.682 pessoas residentes em Cuiabá foram imunizadas, ou seja, tomaram a segunda dose das vacinas AstraZeneca, CoronaVac, Pfizer ou a vacina de dose única (Janssen).
Nesse ritmo, até o final do ano teremos 100% e 77% da população alvo (acima de 18 anos) com a primeira e segunda doses, respectivamente.
"Embora o cenário nessas duas últimas semanas se apresente melhor do que nos primeiros meses de 2021, no qual o panorama alcançou patamares muito mais elevados do que o observado em 2020, as frequentes oscilações das frequências e da taxa de reprodução do vírus, além da circulação da variante Delta, requer precaução. Enfatizamos que Cuiabá permanece com alguns dos piores indicadores entre as capitais do país, expressados pelas altas taxas de incidência, mortalidade e letalidade", alerta o documento.