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Tolentino é hospitalizado e CPI ouve motoboy que sacou mais de R$ 4,7 milhões

01/09/2021 - 09:26 | Atualizada em 01/09/2021 - 12:46

Redação

Tolentino é hospitalizado e CPI ouve motoboy que sacou mais de R$ 4,7 milhões

Foto: Reprodução/CPI da Covid

Marcos Tolentino, que viria hoje à CPI, foi internado sob alegação de sequelas da covid-19. Dessa forma, a CPI receberá daqui a pouco o motoboy da VTCLog, Ivanildo Gonçalves, informa no Twitter o senador Randolfe Rodrigues, vice-presidente da comissão.

Segundo a CPI, Ivanildo foi o responsável pelos saques de mais de R$4,7 milhões e por supostos pagamentos de boletos em benefício de Roberto Dias, ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde.

Relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontou que a VTCLog movimentou de forma suspeita R$ 117 milhões nos últimos dois anos. Ivanildo, que é motoboy a serviço da VTCLog, teria feito saques suspeitos que somam o montante de R$ 4,7 milhões. Ele estava convocado para oitiva na última terça-feira, mas não compareceu, após decisão liminar do ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), que o desobrigou de participar da reunião. Senadores consideraram que a posição contraria decisões anteriores do STF. 

Ivanildo recorreu ao STF e o ministro Kassio Nunes decidiu que ele pode não depor. A cúpula da CPI conseguiu negociar o depoimento com a defesa do motoboy, garantindo que ele será ouvido como testemunha e não investigado. O motoboy contratou um grande escritório de advocacia, o que também gerou suspeita, pois o custo da defesa é superior ao salário do depoente. A VTCLog disponibilizou ao motoboy o advogado Alan Dorneles, o mesmo que defendeu Fabrício Queiroz e o miliciano Antônio da Nóbrega.

Saque de R$ 400 mil
Ivanildo Gonçalves afirmou sempre fazer os saques solicitados pela VTCLog na "boca do caixa”, já tendo retirado cerca de R$ 400 mil de uma só vez. Segundo ele, boa parte do dinheiro era usado para pagar boletos no próprio banco e o restante era devolvido em espécie. O motoboy disse que recebia as ordens de saque diretamente da funcionária Zenaide Sá Reis, que entregava os cheques pessoalmente a ele. Ivanildo informou que a agência que ele mais frequentava era a Caixa Econômica no Aeroporto de Brasília. O depoente disse que os cheques eram da empresa. Ele sacava, pagava os boletos e devolvia o restante do valor sacado.

Ele informou ainda que cumpria uma lista de depósitos, mas não lembrou os nomes dos recebedores. 

— O que eu cheguei a fazer foi pagar boletos, não cheguei a entregar dinheiro a ninguém.
 
 

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