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PF apura se Planalto organiza e financia atos de 7 de setembro

Segundo depoimentos, a Aprosoja apoia os atos fornecendo alimentos

23/08/2021 - 21:20 | Atualizada em 24/08/2021 - 15:30

Redação

PF apura se Planalto organiza e financia atos de 7 de setembro

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Polícia Federal está investigando possível envolvimento do Palácio do Planalto na organização e financiamento das manifestações de 7 de setembro que ocorrerão em São Paulo e Brasília. O Movimento 7 de Setembro, em apoio às pautas defendidas pelo presidente da República Jair Bolsonaro, tem apoio de lideranças do agronegócio, empresários e parlamentares. A informação é da CNN Brasil na noite desta segunda-feira (23). Segundo a CNN, que teve acesso a depoimentos de investigados, alvos de busca e apreensão na última sexta-feira, a pedido da PGR e autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, a PF questionou os motivos do encontro dos envolvidos com integrantes do alto escalão do governo.

O caminhoneiro Marcos Antonio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão, encontrou-se com o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, e com o ministro do Turismo, Gilson Machado, além de reuniões no Palácio do Planalto. Ele nega relação com os atos.

Os depoimentos evidenciam as suspeitas da Polícia Federal sobre a origem de recursos para financiar os atos políticos que pedem o impeachment de ministro do STF, voto impresso e a ruptura institucional. A PF também questionou os investigados sobre a participação da deputada federal Carla Zambelli nos atos.

Segundo os depoimentos, a Aprosoja Brasil é citada como possível financiadora dos atos. A entidade, segundo Zé Trovão, seria responsável por ajudar o movimento fornecendo alimentos. O presidente da Aprosoja, Antônio Galvan, também foi alvo da PF na sexta-feira. Ele ainda não prestou depoimento.

A PF também questionou Zé Trovão sobre vídeo divulgado no dia 17 de agosto, em que Bruno Henrique Semczeszm, fala sobre o local da concentração do evento em Brasília. No vídeo Bruno Henrique diz que a concentração inicial dos apoiadores do seu movimento irá acontecer na sede do Parque Leão, uma empresa de eventos localizada no Recanto das Emas/DF, que tem como sócios Maria Marques Costa Leão e Stefânia Marques Leão Fernandes. O depoente negou conhecer estas pessoas, disse não saber quem são os doadores de dinheiro para pagar o aluguel do local.  "Que ao ser perguntado sobre vídeo em que Bruno Henrique Semczeszm também diz que à cozinha comunitária do movimento seria instalada no Rotary Club de Brasília Internacional, presidido por Maria do Carmo Zinato, bem como sobre outro vídeo publicado no YouTube, no dia 12 de agosto que mostra o declarante nesse local, juntamente com Turibio Torres e Juliano Da Silva Martins, respondeu que os custos com deslocamento dos três até Brasília, foram arcados por doações, cujos doadores não sabe identificar; Que os custos, decorrentes da hospedagem desse grupo na capital federal também foram arcados com valores angariados por doação”.

O Rotary Clube explicou à reportagem que o local pertence à Fundação de Rotarianos de Brasília, que não concordou com o pedido do aluguel do espaço. A Aprosoja não se manifestou.
 

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