O advogado Túlio Silveira foi alertado pelo relator da CPI da Covid Renan Calheiros (MDB-AL) que não está depondo na condição de advogado, mas como funcionário da Precisa Medicamentos, por isso deve responder as perguntas que não o incriminam. Esta foi a decisão do ministro do STF Luiz Fux. Para Renan, "o silêncio é incriminador".

Como ele insiste em silenciar até para perguntas sobre postagens nas redes sociais, a CPI vai analisar sua condição como depoente. Se não responder baseado na decisão do STF, Túlio pode se incriminar.  

Para a senadora Simone Tebet, o depoente não apresentou procuração que comprovaria sua condição de advogado da empresa. 

— Basta que Vossa Senhoria [Túlio Silveira] diga se apresentou no Ministério da Saúde a procuração como advogado da Precisa. Do contrário, Vossa Senhoria não está aqui na condição de advogado. Mas como funcionário da Precisa que atuou, mandou e-mails e pressionou o Ministério da Saúde a assinar um contrato administrativo mesmo sem uma procuração da Precisa. Só tem um jeito de Vossa Senhoria permanecer calado: é comprovar que era procurador com plenos poderes no contrato da Covaxin com a Precisa. Onde está a procuração? Vossa Senhoria tem ou não tem — questionou.

A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) alertou o depoente que ele não pode abusar do direito ao silêncio. 

Diante do silêncio do depoente. o senador Humberta Costa (PT-PE) afirma quem garantiu o contrato de compra de preservativos pelo MS foi do FIB BANK.O FIB Bank é um fornecedor de garantias para público e privado. Acredita ser dirigido por um laranja e pertence ao sr. Tolentino, que esteve na CPI no dia do depoimento de Ricardo Barros e foi apresentado como “amigo do peito” do deputado.

— Esse FIB BANK é um fornecedor de garantias público e privado, provavelmente dirigido por um laranja e provavelmente, pelos rumores que correm, pertence ao senhor Marcos Tolentino — disse o senador.