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Para ganhar tempo, Aras abre procedimento preliminar para investigar Bolsonaro

17/08/2021 - 07:00 | Atualizada em 18/08/2021 - 10:08

Redação

Para ganhar tempo, Aras abre procedimento preliminar para investigar Bolsonaro

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Após ser provocado pela ministra Cármen Lúcia, o Procurador-Geral da República Augusto Aras abriu procedimento preliminar para apurar responsabilidade do Presidente Jair Bolsonaro.

A notícia-crime foi apresentada por um grupo de deputados do PT no dia 30, um dia depois das declarações de Bolsonaro na live que teve transmissão ao vivo da TV Rede Brasil Gov. O presidente teria propaganda eleitoral antecipada, cometido crime eleitoral e atos de improbidade administrativa.

O STF aguardava manifestação do PGR desde o início de agosto. Na segunda-feira (16) a ministra Cármen Lúcia deu prazo de 24h para o PGR se manifestar.

"Os fatos narrados nestes autos são graves, de interesse exponencial da República. O manifesto interesse público e superior da nação impõem a observância de prioridade no andamento processual do caso", escreveu a ministra.

Ai instalar procedimento preliminar o PGR ganha tempo e mantém sob sua responsabilidade o andamento da apuração.

Augusto Aras enfrenta a rejeição de entidades do MP. Um grupo de subprocuradores-gerais da República divulgaram uma carta aberta pedindo que Aras se manifeste enfaticamente sobre as manifestações do Presidente da República. Para quase 30 subprocuradores, Aras se omite diante de eventuais crimes de Jair Bolsonaro.

"Na defesa do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral, de seus integrantes e de suas decisões deve agir enfaticamente o procurador-geral da República - que, como procurador-geral eleitoral, tem papel fundamental como autor de ações de proteção da democracia - não lhe sendo dado assistir passivamente aos estarrecedores ataques àquelas cortes e a seus membros, por maioria de razão quando podem configurar crimes comuns e de responsabilidade e que são inequívoca agressão à própria democracia", diz trecho da carta.
 

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