O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pediu calma aos deputados durante a votação da PEC do Voto Impresso, realizada nesta noite. Ele disse que o tema eleva a “adrenalina” dos deputados, mas é preciso garantir o andamento dos trabalhos.

A proposta que determina a impressão de “cédulas físicas conferíveis pelo eleitor” independentemente do meio empregado para o registro dos votos em eleições, plebiscitos e referendos, acaba de ser rejeitada pela maioria dos deputados. Foram 229 votos favoráveis e 218 contrários. Como não foram obtidos os 308 votos favoráveis necessários, o texto será arquivado. Veja como votaram os deputados

Na semana passada, a comissão especial já havia derrotado o texto do relator, deputado Filipe Barros (PSL-PR), e rejeitou o texto original. A decisão de levar a PEC ao Plenário foi tomada pelo presidente da Câmara. As motivações de Lira são objeto de debate nas redes sociais.

Os governistas tentaram adiar a votação por cinco sessões, mas o requerimento foi prejudicado por não estar de acordo com o novo regulamento.

“Este tema não há de ter vencedores ou vencidos. Eu faço um apelo, com muita sensibilidade, para que nesta Casa a gente tenha um debate de alto nível. Que a gente vá até o final com cada um defendendo os seus pontos de vista, o que defende seus partidos e o que pensa a consciência política de cada um. Nós teremos o tempo que for necessário para todos falarem”, afirmou Lira.

Leia também

TSE apresenta notícia-crime contra Jair Bolsonaro 

TSE reforça segurança do sistema eleitoral, abre inquérito e apresenta notícia-crime contra Bolsonaro 

A PEC do voto impresso, de autoria da bolsonarista Bia Kicis, presidente da CCJ, a pedido do presidente Jair Bolsonaro, contribuiu para aumentar a tensão entre o Executivo, TSE e STF. O presidente acusou o presidente do TSE, ministro Luis Roberto Barroso, de interferir no debate, "aterrorizando" deputados.