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Presidente da CPI dá voz de prisão a Roberto Dias

07/07/2021 - 18:04 | Atualizada em 08/07/2021 - 10:40

Da Redação

Presidente da CPI dá voz de prisão a Roberto Dias

Foto: Reprodução

O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), determinou nesta quarta-feira (7) a prisão do ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Dias. Segundo o presidente, Dias mentiu e cometeu perjúrio, isto é, violou o juramento de falar de verdade.

O depoente foi recolhido à Polícia do Senado. Aziz disse que Dias passou o dia inteiro mentindo para a CPI, e que lhe deu várias oportunidades de esclarecer a verdade. Aziz informou que sua decisão é baseada em documentação já em posse da CPI, inclusive áudios. A decisão de Aziz gerou protestos do depoente e de sua defesa advocatícia. Após o pedido de prisão, Eliziane Gama (Cidadania-MA) pediu mais uma chance a Dias para que ele "esclareça os fatos". Eis a justificativa de Aziz:

— Dei todas as chances à Vossa Senhoria. Ele vai ser recolhido pela Polícia do Senado. Tem coisas que não dá pra admitir, os áudios que temos do Dominghetti são claros. O sr. fez um juramento (de dizer a verdade), e o sr. está detido pela presidência da CPI. Morre gente todo dia, o sr. é vítima de uma acusação muito séria e não colabora — argumentou Aziz.



Após a voz de prisão, a pedido do vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e da defesa de Dias, passaram a ser veiculados áudios em posse da CPI. Mas Aziz mantém a voz de prisão, apesar dos protestos de Marcos Rogério (DEM-RO) e dos apelos de Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).

Para Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Simone Tebet (MDB-MS), o ex-funcionário do Ministério da Saúde devia ser acareado com o ex-secretário-executivo Elcio Franco.

A prisão foi apoiada por Fabiano Contarato (Rede-ES), Rogério Carvalho (PT-SE) e pelo relator, Renan Calheiros (MDB-AL).

Áudios

Os áudios publicados pela imprensa, na visão do presidente da CPI, desmentem a versão de Roberto Dias de que o encontro com o atravessador da Davati em um restaurante de Brasília teria sido acidental.

Os áudios encontrados citam nominalmente Roberto Dias (ouça abaixo). No entanto, ele afirma à CPI que não trata de compra de imunizantes. 


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