O presidente Jair Bolsonaro irá dormir debaixo da cama na noite desta terça para quarta-feira (30/6), às 15h, quando várias organizações populares e o PT protocolarão um superpedido de impeachment na Câmara.

O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), está sentado em cima de mais de 130 pedidos de impedimento do presidente da República. No entanto, a ‘motivação’ do parlamentar do Centrão pode mudar nas próximas horas.

Explica-se. Lira é arqui-inimigo de Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Casa, pivô do escândalo da CovaxinGate. Suspeita-se que o presidente da Câmara tenha açulado o colega Luis Mirando (DEM-DF) para fustigar “Leitão Vesgo” –apelido do deputado paranaense.

“Amanhã, nos uniremos para reunir em uma única peça, um “superpedido” de impeachment do presidente Bolsonaro com todos os seus crimes desde que tomou posse. O Brasil não merece mais Bolsonaro”, convocou o deputado Enio Verri (PT-PR).

O ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), bateu na medalha do presidente da República. “Bolsonaro, além de burro, corrupto e genocida, dá azar. Situação insuportável!”

A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), lembrou o caráter suprapartidário e plural do superpedido de impeachment de Bolsonaro.

“É amanhã! Entidades, partidos, parlamentares, personalidades, juristas, lideranças, pessoas de diversas posições políticas se unem para protocolar um pedido de impeachment que agrega todos os crimes já cometidos por Bolsonaro!”, reforçou a dirigente petista.

O PT apavora Bolsonaro porque é o partido de Lula, que lidera as pesquisas presidenciais de 2022 e pode vencer já no primeiro turno.