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No ES, Bolsonaro receita cloroquina e afirma ter apoio das Forças Armadas

Presidente desafia a ciência, a lei e as instituições

11/06/2021 - 18:21 | Atualizada em 12/06/2021 - 15:26

Jô Navarro

No ES, Bolsonaro receita cloroquina e afirma ter apoio das Forças Armadas

Foto: Marcos Corrêa/PR

O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender o uso da hidroxicloroquina para o tratamento da covid-19.

Na tarde desta sexta-feira (11), durante cerimônia para a entrega de 434 casas a famílias de baixa renda do município capixaba de São Mateus (ES), Bolsonaro disse ter optado desde o início da pandemia por ir às ruas ao contrário de “ficar no Palácio da Alvorada” e que quando contraiu a doença tomou o medicamento.

No dia em que dois especialistas reafirmaram à CPI da Pandemia a não eficácia e o risco do uso concomitante dos medicamentos do 'kit covid', o presidente faz questão de propagandear a mentirosa 'cura milagrosa'.

Segundo Natália Pasternak e Claudio Maierovitch o debate sequer deveria existir, dado que todos os estudos verdadeiramente científicos concluíram que a hidroxicloroquina não tem eficácia para combater a covid-19.

Durante o discurso para cidadãos que aguardavam a entrega de 434 casas do programa habitacional Casa Verde e Amarela, o presidente voltou a dar mau exemplo, confundindo a população. O Ministério da Saúde recomenda o uso de máscaras e o ministro Marcelo Queiroga deixou claro nessa semana, na CPI da Pandemia, que a hidroxicloroquina não é eficaz como tratamento precoce, nem para casos mais graves.

Forças Armadas
Novamente o presidente fez demonstração de força, afirmando ter apoio das Forças Armadas.
“Tenho as Forças Armadas ao meu lado, sou o chefe supremo delas. Jamais elas irão às ruas para mantê-los em casa. Poderão, sim, um dia ir às ruas para garantir a sua liberdade e o seu bem maior, que é aquilo previsto em nossa Constituição”, afirmou.

Rejeição
No aeroporto de Vitória (ES) o presidente decidiu entrar em uma aeronave comercial para cumprimentar a tripulação. Foi surpreendido pela rejeição de passageiros que gritavam ‘fora Bolsonaro’ e ‘fora genocida’.
 

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