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Auditor querendo ajudar Bolsonaro confessa que pai militar repassou estudo falso

FOI DESTITUIDO DO CARGO

09/06/2021 - 18:27 | Atualizada em 10/06/2021 - 11:08

Redação

Auditor querendo ajudar Bolsonaro confessa que pai militar repassou estudo falso

TCU abriu processo contra Alexandre Marques por ter elaborado um relatório inverídico sobre mortes por COVID

Foto: Redes sociais/Reprodução

Após confessar ser autor do “estudo paralelo” do Tribunal de Contas da União (TCU), com com dados inverídicos, apontando que metade das mortes divulgadas durante a pandemia no país não teriam sido por COVID-19, o auditor Alexandre Figueiredo Costa e Silva disse que seu pai, militar e amigo pessoal de Jair Bolsonaro (sem partido), foi quem enviou o texto para o presidente.

Segundo informações encaminhadas à corregedoria do tribunal, comandada pelo ministro Bruno Dantas, o auditor afirmou que havia comentado sobre o estudo com o pai, que então teria repassado a Bolsonaro.

Alexandre também é amigo dos filhos de Bolsonaro e do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano. Em 2019, o servidor tentou assumir uma diretoria no banco na área de compliance, mas teve os planos barrados pelo então presidente do TCU na época, José Mucio Monteiro, que não aceitou cedê-lo.

Nesta quarta-feira (9/6), a atual presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministra Ana Arraes, autorizou a abertura de processo administrativo disciplinar contra o auditor. Ele também foi destituído de suas funções de supervisor no Núcleo de Supervisão de Auditoria do tribunal. No lugar dele vai assumir Fábio Mafra.

 
 

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