13/05/2021 - 15:18 | Atualizada em 13/05/2021 - 15:34
Redação
Diante de todos depoimentos até agora na CPI da pandemia da covid-19, está comprovado a omissão do governo Jair Bolsonaro, diante das milhares de mortes no país.
Isso reforça que as mortes poderia ter sido evitadas se o governo agisse rápido e não fosse negacionista.
O gerente geral da Pfizer para a América Latina, Carlos Murillo, disse hoje aos senadores da CPI da Pandemia que os primeiros contatos com o governo brasileiro foram realizados em maio do ano passado, mas a demora na resposta fez com que o primeiro fornecimento de vacinas ocorresse a partir de março deste ano. Cinco ofertas da empresa ficaram sem resposta em 2020.
Segundo o depoimento de Murillo, a omissão do governo de Jair Bolsonaro significou que 1,5 milhão de vacinas da Pfizer poderiam ter sido aplicadas em 2020. Além disso, 3 milhões de doses poderiam ter sido aplicadas no primeiro trimestre de 2021.
O ex-chefe da Secom Fábio Wajngarten disse ontem aos senadores da CPI que uma carta da Pfizer sobre o fornecimento de vacinas ficou dois meses sem resposta do governo.
No ano passado, a postura negacionista de Bolsonaro incluía críticas às vacinas porque o governador de São Paulo João Dória liderava as ações sanitárias com a Coronavac desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a empresa chinesa Sinovac. Dória é pré-candidato do PSDB para presidente nas eleições de 2022.
Para o senador Randolfe Rodrigues(Rede-AP), a fala do gerente-gereal é "esclarecedora" e, se o governo tivesse aceitado as propostas da Pfizer, "não estariamos vivendo essa tragédia".
10:38
09:35
08:21
07:32
18/04/2024 - 18:52