Eduardo Pazuello está recebendo orientação da Advocacia-Geral da União (AGU) para enfrentar a CPI da Covid. 

Na condição de ex-ministro, Pazuello não pode ser orientado pela CGU, órgão de Estado. 

Para o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI da Covid, o uso da AGU é 'gravíssimo' e configura 'um ato de corrupção'.

"A Advocacia-Geral da União é um órgão de Estado, não é um órgão de advocacia particular, privada. Não me consta que o senhor Eduardo Pazuello seja, nesse momento, ministro de Estado ou esteja exercendo algum cargo público. É um absurdo a utilização da estrutura de Estado para o benefício privado. Não é só um ato imoral, é um ato de corrupção', disse Randolfe.

Pazuello está apavorado com o depoimento e o presidente Jair Bolsonaro também. O despreparo do ex-ministro é evidente e os governistas temem que, sob pressão, ele 'fale demais'. Já se estuda a possibilidade dele se manter calado para não produzir provas. Mesmo que isso aconteça, documentos do Ministério da Saúde, vídeos divulgados pelo presidente Bolsonaro e manifestações nas redes sociais são provas inegáveis da irresponsabilidade do governo federal, que investiu milhões em medicamentos sem comprovação científica contra a covid-19, negação das medidas não farmacológicas e a demora na compra de vacinas