O Gerente-Geral de Medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes Lima Santos, acaba de votar contra a importação da vacina Sputnik V.
Segundo Gustavo, faltam dados importantes na documentação apresentada pelo fabricante.
A Gerente-Geral de Inspeção e Fiscalização Sanitária Ana Carolina Moreira Marino Araujo relata neste momento como foi a inspeção no laboratório russo, que produz cada etapa da vacina em três locais diferentes. Não foi possível a visita ao Gamaleia, diz a gerente. A gerência não recomenda a importação da vacina russa.
Suzie Marie Gomes, Gerente-Geral de Monitoramento de produtos Sujeitos à Vigilância Sanitária, também aponta "falhas na condução da pesquisa, nos ensaios clínicos e na qualidade final do produto". Ela ainda cita a possibilidade de choque anafilático no uso do medicamento e também é contrária à importação da vacina.
O diretor da agência Alex Machado Campos, relator, explica que dados não asseguram eficácia e segurança para importação da Sputnik V. No voto, ele cita denúncias enviadas à Anvisa por cidadãos russos informando graves efeitos adversos da vacina.
Os diretores começam a ler seus votos, que decidirão se a Agência autoriza ou não a importação.
Frustração
Para Mato Grosso a negativa frustra a expectativa de recebimento de 1,2 milhão de doses da vacina.
No dia 31 de março o governador Mauro Mendes e o secretário de Saúde Giberto Figueiredo assinaram contrato com o fabricante da vacina russa Sputnik para a compra de 1,2 milhão de doses ao custo de 9,95 dólares por dose, com previsão de entrega em abril. O custo total é de U$S 11,95 milhões.
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