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Queiroga admite falta de vacinas 'em alguns estados' para a segunda dose

26/04/2021 - 14:33 | Atualizada em 26/04/2021 - 15:00

Jô Navarro

Queiroga admite falta de vacinas 'em alguns estados' para a segunda dose

Foto: Reprodução

O ministro da Saúde Marcelo Queiroga foi ouvido hoje na Comissão Temporária Covid-19 e admitiu que alguns estados enfrentam dificuldades para aplicar a segunda dose do imunizante CoronaVac. Ele afirmou que o Ministério da Saúde divulgará uma nota técnica sobre o caso.

Nas últimas semanas, municípios de Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte, São Paulo, Amapá e Paraíba limitaram ou suspenderam a imunização por falta de doses para a segunda aplicação. 

 A vacinação dos brasileiros continua caminhando a passos lentos. Israel, por exemplo, que lidera no mundo, já vacinou 65% de sua população; o Reino Unido, 50%; e o Chile e os Estados Unidos, mais de 40%. A projeção era vacinar os 77 milhões de brasileiros do grupo prioritário até junho de 2021. O ministro esteve na comissão pela primeira vez em 29 de março, quando estabeleceu a meta de vacinar pelo menos um milhão de brasileiros por dia, o que permitiria cumprir o plano. Depois disso, assistimos a uma aceleração da imunização que não durou mais do que alguns dias — afirmou o senador Wellington Fagundes (PL-MT).

"O que falta é vacina mesmo. Não tem essa questão de estratégia e logística não. Essa história de dizer que é o quinto que mais vacina, nós somos também o segundo com maior número de mortes" disse a senadora Zenaide Maia (Pros-RN).

Com a palavra, o Butantan

Uma nova carga contendo 3 mil litros de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), matéria-prima para a produção da CoronaVac, vacina do Instituto Butantan contra a Covid-19 produzida em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, chegou ao Brasil na manhã de segunda (19), vinda da China. O envio é suficiente para produzir 5 milhões de doses, segundo o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas.

A estimativa do Butantan que as vacinas produzidas com esse IFA começarão a ser enviadas para os estados e municípios a partir de 3 de maio. A previsão é encerrar o primeiro contrato com o Ministério da Saúde, para o fornecimento de 46 milhões de doses da CoronaVac ao Programa Nacional de Imunizações, até 10 de maio, e logo iniciar a entrega das próximas 54 milhões de doses, objeto do segundo contrato. Para isso, uma segunda remessa de 3 mil litros de IFA aguarda autorização para envio na China.

Por meio de nota enviada para o Caldeirão Político, o Instituto Butantan confirma que a nova remessa está prevista para dia 3 de maio e que "O esquema vacinal é responsabilidade dos gestores. Para completar a imunização é importante a aplicação da segunda dose. Não há comprovação científica sobre combinação de doses de fabricantes diferentes da vacina contra o coronavírus".
 

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