A maioria dos políticos temem ser gravados e conversar ou situações nada republicanas. No total, 50 senadores e 313 deputados federais votaram pela derrubada do veto do presidente Bolsonaro à regra sobre gravações ambientais.
O veto mantinha a legalidade do uso de gravações ambientais pela defesa e acusação. A derrubada impede que vítimas de qualquer natureza - seja de suborno, violência física, assédio moral, estupro - de usar filmagens ou gravações de áudio para acusar os autores dos crimes. Apenas a defesa poderá usar as imagens.
Um caso emblemático é o do atual prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB), pai do deputado federal Emanuelzinho (PTB), filmado recebendo suposta propina no Palácio Paiaguás. Além de Emanuel, outros deputados foram filmados e hoje são réus em ações judiciais.
Se fosse hoje, as filmagens não poderiam ser usadas como prova contra eles. pelo menos três pessoas confirmaram em delações homologadas que o dinheiro no paletó era oriundo de propina para que parlamentares votassem favoravelmente às matérias de interesse do então governador Silval Barbosa.
Quatro deputados e três senadores de Mato Grosso votaram para derrubar o veto e impedir que as vítimas usem gravações para acusar os criminosos.São eles:
Deputados
Nelson Barbudo (PSL-MT)
Emanuelzinho (PTB_MT)
Carlos Bezerra (MDB-MT)
Juarez Costa (MDB-MT)
Senadores
Carlos Fávaro (PSD-MT)
Jayme Campos (DEM_MT)
Wellington Fagundes (DEM-MT)