08/11/2012 - 08:58
O Globo
No mesmo momento em que o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), buscava o apoio da presidente Dilma Rousseff para sua volta à presidência do Senado, na noite de terça-feira (6), 11 senadores independentes e da oposição acertaram, em jantar no apartamento de Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), lançar candidatura alternativa para disputar com o peemedebista. Estão dispostos a assumir a tarefa os senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Pedro Taques (PDT-MT), mas o nome só será lançado quando Renan assumir publicamente sua candidatura.
"Foi unânime a avaliação do inconveniente e do atropelo de uma candidatura como a de Renan. Não queremos a reedição daqueles fatos", afirmou o anfitrião, referindo-se à crise por que passou o Senado em 2007, quando Renan teve que renunciar à presidência para não ser cassado.
Renan foi acusado de ter despesas pessoais pagas por um lobista de empreiteira. O Planalto teme que a candidatura do peemedebista ressuscite antigos escândalos e cause instabilidade no Legislativo, mas desistiu de patrocinar outro nome.
"Considerando que o Renan renunciou à presidência para não ser cassado, essa candidatura é reabrir um tema polêmico em tempos de mensalão", disse o senador Pedro Simon (PMDB-RS), um dos presentes ao jantar dos independentes.
Antes de definir um nome, o grupo quer discutir uma plataforma, como a reforma administrativa do Senado para reduzir despesas e a suposta submissão do Legislativo à pauta do Executivo.
"O Senado perdeu prestígio nos últimos anos, e estamos preocupados com a reputação da Casa. Precisamos de um Senado que seja respeitado pela população", afirmou o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES).
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