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Delegado da PF afirma que responsáveis por incêndios criminosos no Pantanal serão indiciados em breve

26/03/2021 - 13:32 | Atualizada em 29/03/2021 - 17:12

Delegado da PF afirma que responsáveis por incêndios criminosos no Pantanal serão indiciados em breve

Foto: Secom/MT

“Os incêndios no Pantanal em 2020 não foram acidentais foram propositais. Temos fortíssimos indícios de autoria e materialidade do crime de incêndio, que foram iniciados em quatro fazendas”, afirmou na última quinta-feira (25) o delegado da Polícia Federal, Rubens Lopes da Silva, em audiência na Comissão Externa da Câmara destinada a acompanhar e promover estratégia nacional de enfrentamento às queimadas em biomas brasileiros.

Chefe da Divisão de Repressão a Crimes Ambientais e contra o Patrimônio Histórico da Polícia Federal (PF), o delegado Rubens foi convidado para falar sobre o andamento das investigações sobre os incêndios no bioma pantaneiro. O convite se deu a partir da aprovação do Requerimento 01/2021 de autoria da coordenadora da Comissão Externa, deputada federal Professora Rosa Neide (PT) e do deputado Israel Batista (PV-DF), aprovados na última reunião do colegiado na terça-feira (23).

Essa é a segunda vez que o delegado Rubens comparece à Comissão para informar sobre as investigações. Na primeira audiência no final de 2020, ele destacou que a PF havia feito a abertura de quatro inquéritos para apurar as causas e responsabilidades pelos maiores incêndios da história do Pantanal, que devastaram 30% do bioma.

“Tínhamos como alvo quatro fazendas. Conseguimos mandado de busca e apreensão e conseguimos encontrar celulares e a extração dos dados desses aparelhos apontam fortes indícios de incêndios criminosos naquelas quatro propriedades”, afirmou o delegado.

Rubens da Silva informou ainda que durante as investigações, o Ministério da Justiça e Segurança Pública fez a aquisição do sistema de imagens e monitoramento denominado Planet – SCCON, que permitiu aos investigadores identificar o exato momento onde os focos de incêndio tiveram início e para onde se alastraram.

De acordo com o delegado, o sigilo judicial do inquérito ainda não foi quebrado, mas os laudos preparados pela equipe de investigadores e um documento assinado por peritos com as imagens e a linha do tempo, onde os focos tiveram início e a propagação das chamas será repassado à Comissão.

Indiciamentos

O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) questionou sobre a responsabilização aos causadores dos incêndios. Rubens da Silva reafirmou que os incêndios no Pantanal foram criminosos e em breve haverá indiciamentos. “Estamos concluindo a perícia nos celulares e nos locais onde os focos tiveram início para fazermos o indiciamento e apresentarmos ao Brasil os responsáveis pelo crime de incêndio no Pantanal”, afirmou o delegado.

O deputado Doutor Leonardo (Solidariedade-MT) questionou o delegado se os crimes sob investigação foram cometidos nos dois Estados que abrigam o bioma. O delegado respondeu que todos os focos foram criminosos, mas que a investigação está centrada em quatro fazendas localizadas no Pantanal de Mato Grosso do Sul. “Além dos dados dos celulares apreendidos e das imagens temos provas testemunhais. Fizemos sobrevoo nos 4 mil hectares das quatro fazendas”.
 

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