Desde o dia 1º/01 até o dia 13/03, Cuiabá registrou 28.363 casos da doença e 661 óbitos. A taxa de
letalidade é de 3,33%. Na Capital, apenas
9,3% dos casos são assintomáticos, segundo dados do
portal Transparência da Prefeitura de Cuiabá.
Hospitais públicos e privados estão lotados, até sábado (13) haviam 91 pacientes em MT aguardando na fila por uma UTI.
| Cuiabá |
Casos |
Óbitos (total) |
Óbitos de
residentes |
Óbitos de não
residentes |
| 01/01/21 |
40.909 |
1.644 |
1.176 |
468 |
| 02/02/21 |
56.970 |
1.860 |
1.341 |
519 |
| 01/03/21 |
63.933 |
2.114 |
1.534 |
580 |
| 13/03/21 |
69.272 |
2.305 |
1.685 |
620 |
Fonte: SMS de Cuiabá
Até a tarde de sábado (13.03), 271.765 casos confirmados da Covid-19 em Mato Grosso, sendo registrados 6.330 óbitos em decorrência do coronavírus no Estado. A taxa de ocupação está em 95,7% para UTIs adulto e em 60% para enfermarias adulto. Já para as UTIs pediátricas a ocupação é de 75%.Os dados são do Painel Epidemiológico nº 370.
Mesmo diante dos números crescentes o prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro age de forma irresponsável, resistindo a adotar medidas de isolamento social para conter a contaminação. Depois de recorrer ao STF contra as medidas restritivas decretadas pelo governador Mauro Mendes ( ainda insuficientes) o prefeito foi flagrado na última sexta-feira aglomerando, bebendo cerveja diante de uma distribuidora de bebidas, sem máscara. Ao lado do vice-prefeito, Emanuel Pinheiro deu mau exemplo e por isso virou notícia novamente em rede nacional, na Globo News e CNN, A primeira vez de Emanuel Pinheiro em rede nacional foi em 2017, quando da divulgação do 'vídeo do paletó', em que apareceu enchendo os bolsos com maços de dinheiro, propina, segundo o ex-governado Silval Barbosa.
Medidas insuficientes
Enquanto o governador Mauro Mendes e o prefeito Emanuel Pinheiro divergem sobre as medidas restritivas, priorizam o debate político e não científico para analisar medidas para conter a contaminação. Ambos ouvem políticos e empresários, ignorando as pesquisas científicas e análises de epidemiologistas, sanitaristas e infectologistas.
Apesar de o governador ter subscrito a 'Carta dos Governadores' ao presidente Jair Bolsonaro, que ressalta a necessidade de coordenação nacional e adoção de medidas de desestímulo a aglomerações, as restrições adotadas em Mato Grosso ainda são tímidas e insuficientes, tanto que o ritmo de contágio ainda não cedeu.
"Há limites objetivos à expansão de leitos hospitalares, tendo em vista escassez de insumos e de recursos humanos. Dessa forma, as medidas preventivas protegem as famílias, salvam vidas e asseguram viabilidade aos sistemas hospitalares. Medidas como o uso de máscaras e desestímulo a aglomerações tem sido usadas com sucesso na imensa maioria dos países, de todos os continentes", diz a carta assinada pelo governador Mauro Mendes.
O deputado estadual e médico sanitarista Lúdio Cabral tem apontado desde janeiro a necessidade de decretar quarentena de 15 dias no estado, mas seu alerta tem sido solenemente ignorado pelo prefeito da Capital, pelo secretário de Estado de Saúde Gilberto Figueiredo e governador Mauro Mendes.
"Para frear a pandemia, é necessário decretar uma quarentena que suspenda as atividades não essenciais e que permita que as atividades essenciais funcionem sem restrição de horário, para evitar aglomerações. A quarentena vai permitir que as pessoas que não trabalham nos serviços essenciais fiquem em casa, diferente do toque de recolher, que proíbe as pessoas de saírem às ruas em determinados horários. O que não pode é ter aglomeração de forma alguma", alertou Lúdio Cabral.
