16/08/2020 - 08:19 | Atualizada em 16/08/2020 - 08:23
Miriam Leitão
A jornalista Miriam Leitão, colunista do jornal O Globo, já traça cenários sobre a possível queda de Paulo Guedes, que chegou ao comando da economia com status de superministro.
“Gastar sempre foi da natureza do centrão, com o qual Bolsonaro se acasalou. E precisará desse cônjuge para se proteger das sombras que o cercam. A primeira ex-mulher comprou um apartamento com dinheiro vivo, a segunda ex-mulher também usou o numerário em mão como meio de pagamento na aquisição de imóveis, a atual recebeu quase R$ 90 mil em cheques depositados por Fabrício Queiroz. Outros cheques foram parar na conta da mulher de Flávio que, por sua vez, se enrola cada vez mais em pagamentos em espécie de imóveis e na contabilidade da sua loja de chocolates. A filha de Queiroz trabalhando no gabinete de Jair Bolsonaro também entregava o dinheiro ao pai, como todos os funcionários fantasmas de Flávio, inclusive a mãe e a ex-mulher do miliciano Adriano da Nóbrega. Essas histórias dos Bolsonaro têm dois pontos em comum: as transações não parecem normais, as explicações da família não respeitam a inteligência alheia”, diz Miriam, em sua coluna.
“Num roteiro como esse não cabem ajustes amargos e reformas polêmicas. Por isso, é tão incerta a permanência de Paulo Guedes no governo. Ele já demonstrou que aceita as desfeitas que recebe de Bolsonaro com o argumento de que o presidente é que teve os votos das urnas. Guedes não entendeu que as equipes que venceram em momentos decisivos, de lutas entre grupos de interesses, foram as que tiveram a coragem de dizer não aos presidentes, ainda que fossem eles os detentores dos votos”, aponta a jornalista.
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