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Situação e oposição: muitos nomes nenhuma proposta política para Cuiabá

13/02/2019 - 11:28 | Atualizada em 13/02/2019 - 13:34

Cícero Henrique

Ainda falta um tempão para as eleições municipais do ano que vem, certo? Bem, se olhar para o calendário, a resposta é sim, falta bastante tempo. Se observar pelo prisma da construção política de uma candidatura, a resposta muda completamente. Candidatos não surgem do “nada”, de uma hora para outra. Há um enorme trabalho de consistência da viabilidade política. Eleitoralmente é tarefa para meados do próximo ano, mas a edificação política, não. Essa é urgente.

E como isso poderá ser feito? Para a ala governista, a situação é bem menos crítica. Há o organismo político erguido e sedimentado no exercício do poder. Então, o processo nesse caso é muito mais de viabilidade interna do que necessariamente visibilidade externa. 

Pelo cenário atual, a oposição começa um trabalho pela etapa final, pulando a questão política. O MDB tem o nome do prefeito Emanuel Pinheiro, envolvido no esquema da propina do paletó. O DEM vive e respira Fábio Garcia. E qual é a única bandeira que eles carregam: derrotar o grupo que está no poder. É fácil então perceber a substancial diferença de proposta entre o candidato da base aliada municipal e o amontoado oposicionista. Os governistas vão explorar politicamente aquilo que a população percebe como fatores positivos da administração, estendendo para um upgrade. Os opositores, se apresentam como nomes alternativos, e como proposta de governo alternativa.

É evidente que durante a campanha eleitoral vão surgir os tais compromissos ou promessas e tal. De todos os lados. E elas vão ser semelhantes, obviamente. Se antes a disputa eleitoral era individualizada pelo feeling de cada candidato, hoje as modernas pesquisas qualitativas parecem adivinhar o que o eleitor quer ouvir. É claro que não há nada de adivinhação, mas conhecimento científico.

Talvez o grande problema esteja na profunda divisão que existe entre os governistas, Carlos Bezerra e Emanuel Pinheiro, embora no mesmo partido, o MDB, não convivem bem. O Pros tem o nome forte de Gisela Simona. 

É fácil perceber que ninguém consegue trabalhar politicamente na construção de uma candidatura que quebre essa trava que carrega muito de visões e objetivos pessoais. Não há, nesse sentido, qualquer visão de coletividade. 

Isso faz do cenário de 2020 para os opositores algo excessivamente aberto. Eleição não se ganha com nome, mas, sim, com um conjunto político e uma boa mensagem eleitoral. A mensagem é a parte fácil da história. O complicado mesmo é a construção política porque geralmente ela esbarra em egos inflados.

 

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