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Eleições 2018: circo ou hospício?

08/08/2018 - 08:39 | Atualizada em 08/08/2018 - 09:17

Cícero Henrique

Respeitável público!

No mambembe circo que é nossa disputa eleitoral, os palhaços, trapezistas e prestidigitadores começam a preparar seus números.

O que pode ter sido um erro. 

Os candidatos optam por uma versão extrema de si mesmo, numa campanha cada vez mais autorreferente, que pode atingir o teto eleitoral antes do imaginado. Mas não tem nada não: se perderem, a culpa será das urnas eletrônicas.

Enquanto isso, Mauro Mendes convidou conservadores, para dar colorido a seu eleitorado. Talvez atrair indecisos. Em contrapartida, sua aliança com o Centrão, em nome de minutos de tevê e meses de governabilidade, pode se transformar, na prática, no mais absoluto desgoverno.

Se Mauro Mendes pretende governar com a ajuda do fisiologismo de centro, pode acabar não governando em virtude do mesmo fisiologismo, do mesmo centro. O Centrão faz as vezes do poder moderador, que vale mais que os três poderes de fato. Cada minuto de tevê é um cargo, uma secretaria, um deputado. Pode faltar merenda.

Pedro Taques, que escolheu Rui Prado como vice, continua a brincar de esconde-esconde com seu eleitorado. Depois ele reclama que na festinha de aniversário ninguém comparece.

Wellington Fagundes prossegue como o econômico de todos os candidatos. Na dúvida, ele participará de qualquer governo para fazer ajuste fiscal, e outras bruxarias desse jaez.

Pedro Taques, com esse papo de “construindo um novo futuro”, soa tão novo quanto os primeiros testes da penicilina. Apelar à refundação do novo, quando muita gente acha que o problema justamente é o novo do governo, é ter a certeza de que não será ouvido.

Cada vez mais esses slogans servem de “estudo de caso” em cursos de marketing político. 

 

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