27/08/2012 - 16:09
Redação
O julgamento do mensalão (Ação Penal 470) no Supremo Tribunal Federal (STF) foi retomado nesta segunda-feira (27), por volta de 14h30, com o voto da ministra Rosa Maria Weber, a mais nova integrante da Corte. Em seguida, foi a vez de o ministro Luiz Fux apresentar seu voto. Assista abaixo, ao vivo, à sessão, transmitida pelo canal da TV Justiça no Youtube.
Novos ministros devem se pronunciar nesta segunda sobre desvio de verba pública e lavagem de dinheiro. Integrantes do STF ouvidos pelo Estado, em caráter reservado, disseram que a tendência é a comprovação da prática de lavagem de dinheiro, uma vez que recibos assinados com os nomes das agências do publicitário Marcos Valério tornam inverossímil a tese da defesa de que recursos sacados do Banco Rural vinham do PT.
Depois de Rosa Weber e Luiz Fux, votarão Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes, Cezar Peluso, Marco Aurélio Mello e Celso de Mello. O presidente do STF, Ayres Britto, é sempre o último a se pronunciar, mas a votação desse capítulo não terminará nesta segunda-feira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Ainda há dúvida se o ministro Cezar Peluso adiantará seu voto, falando logo após o revisor. Peluso aposenta-se compulsoriamente no dia 3 ao completar 70 anos, e sua última sessão na Corte será na próxima quinta-feira.
Lewandowski x Barbosa
As esperadas réplica e tréplica dos ministros-relator (Joaquim Barbosa) e revisor (Ricardo Lewandowski) não ocorreu no início da sessão, como era esperado, e não se sabe ainda em que momento Barbosa e Lewandowski terão a palavra.
Na última quinta-feira (23), Lewandowski terminou o voto sobre as acusações de desvio de dinheiro na Câmara dos Deputados. O Ministério Público acredita que o então presidente da Casa, João Paulo Cunha, recebeu propina para beneficiar a SMP&B Comunicação, de Marcos Valério, em um contrato na casa. O revisor absolveu todos os acusados pois entendeu que as provas não indicaram atuação criminosa.
Barbosa, que votou pela condenação de todos os personagens do episódio, pediu a palavra novamente para responder questões colocadas em dúvida por Lewandowski. O revisor, por sua vez, disse que só aceitaria a “réplica” se ele tivesse direito à “tréplica”.
Após discussão entre os ministros, o presidente da Corte, Carlos Ayres Britto, disse que o relator poderia falar novamente porque tinha certa “proeminência” no processo, encerrando a sessão em seguida. Na sessão da sexta-feira (24), Ayres Britto confirmou que haverá novas manifestações dos ministros, mas destacou que as falas serão breves.
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