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Advogados citam Cazuza e Odete Roitman no 9º dia de julgamento do mensalão

14/08/2012 - 23:32

Redação

O penúltimo dia de defesa dos réus do mensalão terminou por volta das 19h15 desta terça-feira (14/8), no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). O 9º dia de julgamento da ação penal 470 foi finalizado com alusões à Odete Roitman e Cazuza.

Sebastião Tadeu Ferreira Reis, o primeiro advogado a defender o ex-parlamentar petista João Magno de Moura fez críticas à acusação do mensalão lembrou de José Dirceu aos ministros. “José Dirceu foi acusado de tudo, só faltou ser culpado pela morte de Odete Roitman”, zombou. Ele falou por 40 minutos no plenário e logo depois foi a vez de Wellington Alves Valença fazer a sustentação oral ainda sobre João Moura.

Recebeu R$ 20 mil

Antes, o defensor Pierpaollo Bottini fez sua sustentação a favor do ex-deputado federal Luiz Carlos da Silva, conhecido como Professor Luizinho. A defesa negou que o réu recebeu dinheiro ilegalmente e alegou que o assessor do ex-deputado buscou o dinheiro sozinho para quitar despesas eleitorais do PT em 2004. De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), o parlamentar recebeu do esquema de Marcos Valério, por intermédio do seu assessor José Nilson dos Santos, a quantia de R$ 20 mil.

Referência a Cazuza

A defesa de Anita Leocádia, representada por Luiz Maximiliano Mota, lembrou de uma música de Cazuza para dar um recado a Roberto Gurgel. “Seu procurador-geral da República, sua piscina está cheia de ratos, suas ideias não correspondem aos fatos”, afirmou. O advogado fez uma crítica e disse que o caso precisa de um “choque de serenidade”. “Precisamos de uma bomba que produza jurisprudência”.
 

Primeiro a falar

A primeira defesa do dia foi iniciada pelo advogado João dos Santos Gomes Filho, que defendeu o réu Paulo Roberto Galvão da Rocha. Paulo Rocha é acusado de receber dinheiro de Marcus Valério, valendo-se dos mecanismos disponibilizados pelo Banco Rural. Em sua sustentação, Filho negou que Paulo Rocha faça parte dos núcleos operacionais do mensalão, divididos em operacional, político, financeiro e publicitário. "A denúncia quando trata da conduta de Paulo narra a cadeia causal e não conta com a participação de Paulo Rocha", diz. A defesa admitiu que seu cliente recebeu R$ 620 mil do PT, mas afirmou que os recursos eram para saldar dívidas da campanha presidencial de 2002.

Ex-ministro dos transportes

A última defesa a ser ouvida nesta terça pelos ministros do Supremo foi a do ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto, que responde pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção ativa. Adauto foi ministro entre 2003 e 2004 e, atualmente, é prefeito do município mineiro de Uberaba. Na denúncia do Ministério Público Federal (MPF), Adauto é citado como operador do esquema do mensalão, organizado para comprar o apoio de parlamentares e para saldar dívidas de campanha com dinheiro não contabilizado, o chamado caixa 2.
 

 

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