02/08/2012 - 16:45
Redação do Caldeirão Político
O tão esperado julgamento da ação penal 470 (do mensalão do PT) começou sob tensão. O advogado Marcio Thomaz Bastos, antes mesmo da leitura do relatório do ministro Joaquim Barbosa, levantou questão de ordem e pediu o desmembramento do processo, com o envio dos autos à Justiça de primeira instância no que diz respeito à grande maioria dos réus, que não é formada por parlamentares.
Isso provocou a indignada reação do ministro Joaquim Barbosa, sobretudo porque o ministro revisor da ação, Ricardo Lewandowski, apoiou a questão levantada pelo ex-ministro da Justiça do governo Lula, que é advogado do réu Roberto Salgado, ex-diretor do Banco Rural.
Joaquim Barbosa acusou o ministro-revisor de “deslealdade”, já que estava fazendo a revisão do processo há mais de seis meses, e não adiantara a ele, relator, o seu ponto de vista. Eles chegaram a bater boca.
Lewandowski rebateu e disse: “Estou absolutamente à vontade para encaminhar um voto com todo o respeito no sentido contrário ao relator. Digo que estou absolutamente à vontade por que, nos últimos seis meses, examinei de forma vertical os autos. Tenho um alentado voto que posso proferir a qualquer momento. Por ocasião do recebimento da denúncia, me manifestei pelo desmembramento. Ainda ontem decidi, a pedido do Procurador-Geral da República, remeter ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) o inquérito do ex-senador Demóstenes torres, cassado pelo Senado”.
Joaquim Barbosa diz que o tema já foi tratado e que o STF já decidiu a questão da competência. “Me parece até irresponsável voltar a discutir a questão”, disse.
Rosa Weber, Luiz Fux, Dias Toffoli e Cármen Lúcia acompanham relator e negam desmembramento da AP 470, tema preliminar em debate no plenário.
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