15/07/2012 - 10:56
O Estado de S.Paulo
Na esteira da cassação de Demóstenes Torres (ex-DEM, sem partido-GO) na quarta-feira, um vazio político abriu-se no Senado: quem vai substituí-lo na tarefa de “paladino da ética”? O figurino do senador que cobra dos outros e de representantes dos demais poderes condutas exemplares, encenado principalmente por Demóstenes até vir a público a ligação dele como contraventor Carlinhos Cachoeira,aguarda alguém para vesti-lo. Apesar de nenhum dos consultados admitir que quer empunhar a bandeira,pelo menos nove –- segundo seus pares –- estão no páreo. A maioria dos colegas aponta Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) como principal candidato ao posto. Único representante do PSOL no Senado,ele ganhou projeção pública no primeiro semestre deste ano aopedir a perda de mandato de Demóstenes e exigir o aprofundamento das investigações da CPI do Cachoeira.
A atuação tem lhe rendido elogios dos colegas, inclusive do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), e críticas veladas de outros. O senador do PSOL disse que, embora tenha iniciado sua atuação no Senado com uma pauta voltada para a educação, “os fatos se impuseram”. No caso Demóstenes, coube ao PSOL entrar com representação por quebra de decoro,mesmo tendo buscado apoio do PT e do PDT para uma ação conjunta. “Não quero ser paladino,mas, se nós não representássemos,que outros partidos iriam representar?”, questionou. Randolfe disse que a tarefa não lhe agrada e sabe que pode entrar namira dos pares.(
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