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Notícias | Brasil

Governo estuda desoneração para a suinocultura

06/07/2012 - 08:57

Thiago Andrade

Técnicos da Secretaria de Estado de Fazenda vão fazer um estudo para tentar desonerar o setor da suinocultura em Mato Grosso, que gera cerca de 8 mil empregos diretos no estado. A suinocultura passa por uma crise que ameaça não só os postos de trabalho, mas também a estabilidade dos preços nos próximos anos.

No Brasil já são 200 mil toneladas da carne estocadas nos frigoríficos, mas a abundância de hoje pode acabar gerando a falta do produto no curto e médio prazo e a consequente elevação dos preços. Ontem (04/07) o deputado Zeca Viana (PDT), o então secretário estadual de Fazenda, Edmilson dos Santos e o superintendente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), Custódio Rodrigues, se reuniram Sefaz-MT para discutir soluções conjuntas para o problema que, em última instância, afeta a economia do estado.

Durante a reunião, o então secretário encomendou o estudo para ver onde há possibilidade de se conceder um desconto no valor do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em alguns insumos utilizados pelo setor. Segundo a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), a crise na suinocultura já provocou R$ 1 bilhão em prejuízos no país.

Um dos motivos para o excesso de produção é o embargo imposto pela Rússia à carne brasileira, cuja suspensão não tem data para acontecer, o que tem deixado o setor apreensivo. Para Zeca Viana, a medida ajuda momentaneamente o setor. “A crise é muito grave, precisamos fazer uma reunião com o governador para mostrar a ele que há a necessidade de medidas urgentes”, afirmou o deputado.

PREJUÍZO - Segundo Custódio Rodrigues, atualmente o custo de produção dos suínos é de R$ 2,20 o quilo – e o valor que o produtor tem conseguido na venda gira em torno de R$ 1,65 a R$ 1,70. Ou seja, o prejuízo tem chegado a R$ 0,50 para cada quilo produzido. “Essa diferença entre o valor de produção e o de venda é impossível de ser subsidiada pelos produtores”, diz o superintendente. “O perigo é que essa crise não será resolvida em dois ou três meses e, em momentos como este, qualquer ajuda que diminua os custos para o produtor é bem vinda”.

 

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