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Mobilização pela dívida

04/07/2012 - 16:46

Redação

Deputados estaduais estão em Brasília nessa quarta feira (4) para pressionar o governo a renegociar as suas dívidas. Eles querem que o Planalto mude os indexadores da dívida dos estados e, talvez, até as perdoe. Os parlamentares estaduais já têm uma audiência com o presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS) para debater o assunto, e vão conversar com vários ministros do Tribunal de Contas da União. Além disso, cada deputado vai procurar os senadores de seus respectivos estados para aumentar mais ainda a mobilização. O ponto alto será uma reunião com o vice-presidente Michel Temer(foto), que os deputados estaduais estão tentando marcar. “Isso não é novo e envolve todo o interesse dos estados. Os estaduais estão se mobilizando”, disse o presidente da Assembleia Legislativa gaúcha, deputado Alexandre Postal (PMDB).

Efeito improvável

Mas os deputados acreditam que é pouco provável que a mobilização tenha efeito. “O problema é que cada estado adquiriu a dívida de uma forma diferente. Dificilmente o governo vai aceitar uma solução coletiva”, comentou o deputado José Stédile (PSB-RS). De acordo com ele, o mais provável é que o governo negocie individualmente com cada estado. Já o deputado Enio Bacci (PDT-RS) afirma que o assunto já deveria estar mais maduro, mas que acha que não terá solução de curto prazo. “Tenho dificuldade de acreditar. Eles querem uma solução, mas o governo está sinalizando o oposto, fechando as torneiras com medo de gasto”.

Fator previdenciário

O governo quer fechar um acordo com as lideranças dos partidos da base na Câmara sobre as mudanças no fator previdenciário no próximo dia 10. Com isso, a expectativa é que a mudança possa ser votada já em agosto, após o recesso parlamentar. O que se espera é um “meio termo”. Não será o fim do fator previdenciário, mas também não pesará tanto para o aposentado. Em reunião os ministros Ideli Salvatti (Relações Institucionais), Garibaldi Alves (Previdência Social) e Guido Mantega (Fazenda), além dos líderes partidários, foi encaminhada uma fórmula móvel, que levaria em conta o aumento da expectativa de vida dos brasileiros. Agora se espera que todos os contribuintes se aposentem com a mesma fórmula dos servidores públicos. As mulheres se aposentariam com 55 anos, depois de 30 anos de serviço. Os homens, aos 60 anos, depois de 35 anos de serviço. “É um meio termo, mas é uma saída também. Vai ajudar muita gente desesperada”, afirmou o senador Paulo Paim (PT-RS).

 

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