A Comissão de Constituição e Justiça do Senado vota hoje a legalidade do processo de cassação do senador Demóstenes Torres. O senador Pedro Taques, do PDT de Mato Grosso, é o relator na CCJ do processo que pede a cassação do mandato do senador Demóstenes Torres. Taques apresentou seu voto pela legalidade da cassação do mandato de Demóstenes.

“Diante do exposto, manifesto-me pela inexistência de vícios de constitucionalidade, legalidade e juridicidade no processamento da Representação n° 1, de 2012, em razão do que voto por sua admissibilidade, e, em consequência, pelo encaminhamento à Mesa Diretora do Senado Federal do Projeto de Resolução respectivo”, disse Taques em seu relatório.

O advogado de Demóstenes, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, falou em defesa de Demóstenes que não compareceu à sessão. Kakay afirmou que há uma representação no Supremo que “pode anular todo o inquérito”, em relação às escutas telefênicas, que a defesa argumenta que teriam sido feitas de forma ilegal. Segundo ele, o julgamento de Demóstenes foi feito em cima de provas ilegais.”Tenho denunciado junto ao procurador-geral da República o vazamento sistemático”, disse o advogado.

Os integrantes da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado aprovaram, por unanimidade - com 22 votos a 0 -, nesta quarta-feira (4), o parecer do senador Pedro Taques (PDT-MT) que verificou que o processo que pode levar à cassação do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) está sendo conduzido de forma legal e em respeito à Constituição.

Passada esta etapa, o caso será votado em plenário pelos senadores - a data prevista é a próxima quarta-feira, dia 11. O parlamentar goiano pode perder o mandato pela acusação de quebra de decoro parlamentar pelo envolvimento com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso em fevereiro sob a acusação de comandar um esquema de corrupção, que incluía exploração de jogos ilegais, pagamentos a policiais e trocas de favores com políticos e empresários.