No Rio de Janeiro, cerca de 800 ex-funcionários foram demitidos em maio das obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí. Eles reclamam que até agora não receberam o pagamento relativo à rescisão e que sequer podem dar entrada no FGTS ou no seguro-desemprego. Isso porque o consórcio não deu baixa na carteira de trabalho de nenhum deles e a documentação encontra-se toda bloqueada.
Por ora, um grupo de ex-funcionários do consórcio vem se mobilizando nas redes sociais e estão recolhendo documentos para dar entrada na Justiça na tentativa de resolver a situação. Contam apenas com a ajuda do sindicato, que tenta negociar uma solução para o impasse que, além da Delta, envolve a Petrobras.
Recentemente a empresa enviou nota à imprensa confirmando que possui muitos “ativos patrimoniais a receber”, e que obteve grande parte desses pagamentos em restos a pagar. Conforme números divulgados pelo site Contas Abertas, foram quase R$ 229 milhões desembolsados pelo governo federal para quitar despesas contraídas em anos anteriores com a Delta, o que representa 95,8% do total recebido em 2012.
Na última segunda-feira a construtora entrou com pedido de recuperação judicial, a antiga concordata, medida tomada para evitar a falência e apresentar formas de quitação das dívidas. Caso a decisão da Justiça seja favorável, suspenderá, por seis meses, todas as execuções judiciais contra o grupo. O pedido judicial foi feito após a saída da holding J&F, que há um mês assumira a gestão da empresa.