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Notícias | Executivo

Grupo de trabalho cobra sustentabilidade das obras da Copa do Mundo

06/06/2012 - 18:10

O Grupo de Trabalho “Sustentabilidade na Copa” quer garantir a realização de obras, para a Copa do Mundo de 2014, que preservem o meio ambiente. O objetivo, além de verificar se os projetos ambientais estão sendo respeitados, é divulgar as ações sustentáveis das obras para que elas sirvam de modelo para as demais construções do país. O coordenador do grupo e presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, deputado Sarney Filho (PV-MA), disse que o colegiado vai fazer sugestões aos executores, além de propostas legislativas.

“O grupo vai se dedicar a averiguar as obras, fazer relatórios. A partir desses relatórios, vamos fazer sugestões com propostas legislativas e também com sugestões aos órgãos governamentais”, afirmou o parlamentar.

O Grupo de Trabalho "Sustentabilidade na Copa", que foi lançado hoje no canteiro de obras do Estádio Nacional de Brasília (Mané Garrincha), é formado por nove parlamentares e nove representantes de ONGs ambientais. A primeira atividade realizada foi a vistoria no Mané Garrincha, com a presença do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, e do vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) Weber Guimarães, além de representantes dos ministérios do Esporte e do Meio Ambiente e de organizações ambientais, como a SOS Mata Atlântica.

Segundo o Ministério do Esporte, nos 12 estádios da Copa de 2014 estão sendo desenvolvidas ações para que eles sejam certificados internacionalmente como sustentáveis, aliando modernidade ao foco na preservação do meio ambiente.

Sustentabilidade máxima

De acordo com o arquiteto Vicente Castro Mello, coautor do projeto do estádio de Brasília, o objetivo é conseguir o grau máximo de certificação de sustentabilidade. Se isso for alcançado, será o primeiro estádio do mundo a obter esse status. “O estádio vai ser capaz de suprir 80% da sua demanda de água e 100% da sua demanda de energia pela geração solar. A cobertura tem um material que faz uma troca química e retira do ambiente gases dos escapamentos de veículos. Respeitamos os três princípios da sustentabilidade: o econômico, o ambiental e o social”, afirmou Mello.

Segundo o arquiteto, para ser sustentável a obra chega a ser 5% mais cara, mas esse gasto é compensado ao longo dos anos porque há menos uso de recursos naturais como água e energia. Só em Brasília, a economia será de cerca de R$ 7 milhões por ano com o uso das tecnologias sustentáveis. Além disso, de acordo com Mello, uma obra certificada como sustentável chega a ser 7,5% mais rentável do que aquelas nas quais não há preocupação com o meio ambiente.

A próxima vistoria do grupo de trabalho será feita no Maracanã, no Rio de Janeiro, ainda neste mês. A intenção dos parlamentares é analisar sob o ponto de vista da sustentabilidade todas as obras relacionadas ao Mundial de 2014.

 

 

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