02/06/2012 - 11:23
Cícero Henrique
A propaganda do governo federal sobre o programa Bom Pra Todos, com redução de juros pela metade, animou milhares de empresários brasileiros. No entanto, ao chegar à agência são surpreendidos pela realidade. O programa é BOM PRA POUCOS.
A propaganda vende a ideia de que a queda de juros é realmente para todos, quando na verdade não é. Para conseguir baixar os juros, a empresa precisa dar muito lucro para o Banco, ter “relacionamento”, termo usado para nomear compra de produtos como seguros, títulos de capitalização, etc. Além disso, para refinanciar a baixa de juros para empréstimos já contratados, a empresa precisa da aprovação de três gerentes. A burocracia é grande e se aprovada a empresa tem outra surpresa: terá que aderir a um pacote de serviços mais caro.
O tratamento dado às contas de pessoa física é mais amigável, mas o cliente também é obrigado a aderir a um pacote de serviços mais caro. Corta juros de um lado, cobra mais caro de outro. Como observamos as vantagens não são tantas assim. Tudo tem um preço.
Ligamos para o atendimento telefônico do BB. A atendente disse textualmente que a propaganda do governo federal diz que é bom pra todos, mas não é.
Agora resta aos consumidores questionar o PROCON sobre a legitimidade da propaganda governamental e o tratamento discriminatório dado às microempresas. Grande parte destas continua pagando juros de mais de 9% ao mês no cheque especial, não consegue aderir ao Cartão do BNDES e não conseguiram aderir ao programa Bom Pra Todos. Ou melhor, BOM PRA POUCOS.
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