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Notícias | Executivo

Ruralistas transformam ministra em moeda de troca com o governo

19/08/2013 - 11:10

Redação

 A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, virou moeda de troca entre o governo e a bancada ruralista. Na semana passada, ela foi convocada a depor na Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e Amazônia da Câmara para falar sobre a demarcação de terras indígenas. Em abril, ela foi convocada pela Comissão de Agricultura para falar sobre o mesmo assunto. Mas a convocação de Gleisi foi de última hora e para retaliar o governo, que desautorizou a Embrapa a enviar representante para a comissão duas vezes. Para piorar para o governo, a orientação era de esvaziar a reunião.  Com isso, ninguém do governo se opôs. Os membros da CINDRA também criticam a suspensão da demarcação de terras indígenas no Paraná, anunciada por Gleisi em maio. Segundo eles, nenhum processo foi suspenso e o anúncio foi, na verdade, para ajudar a candidatura da ministra. “O governo ficou nervoso e não quer que a Gleisi venha. Eles também imaginaram que, com os movimentos de junho, ganhou fôlego nas demarcações”, afirmou o presidente da comissão, deputado Jerônimo Goergen (PP-RS). Pouco tempo depois de a comissão votar a convocação, o deputado Henrique Fontana (PT-RS), vice-líder do governo na Câmara, foi falar com Goergen, mas sem sucesso. “Foi uma votação estranha e que merece críticas. Essa convocação é para retaliar o governo”, disse.

Prevenir para economizar

O presidente do Tribunal de Contas da União, ministro Augusto Nardes, está com um projeto para melhorar os governos federal, estadual e municipal no Brasil. Segundo ele, há uma “falta de tradição dentro do estado brasileiro” em boa governança, tanto que nas últimas eleições, 6,8 mil gestores públicos foram punidos. “Um dos grandes problemas do Brasil é a falta de planejamento. Aquilo que as ruas manifestaram decorre que o estado brasileiro não tem bom treinamento, boa eficiência ou boa gestão pública. Não adianta somente penalizar, mas temos que lutar para mudar a questão do planejamento”. De acordo com Nardes, só com o trabalho de prevenção, foram economizados R$ 102 bilhões.

Chicanas e insultos

A sessão do Supremo Tribunal Federal para julgar o recurso do ex-deputado Bispo Rodrigues foi marcada pela briga entre os ministros Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski, o presidente e o vice do STF, respectivamente. Barbosa acusou Lewandowski de fazer “chicanas”, manobras para dificultar o andamento de um processo. A acusação veio depois de uma divergência entre os dois acerca da pena do ex-deputado. Na troca de insultos, os dois erraram. Barbosa mais por não aceitar divergências. O erro maior foi de Barbosa, que tratou o STF como se fosse dele.

Todos sabem que o ministro Joaquim Barbosa é uma pessoa séria, É dedicado ao combate à corrupção e tem grandes qualidades. Só falta ele aprender a conviver com críticas e divergências. Não pode ser intolerante como presidente de um poder.E o vice-presidente Ricardo Lewandowski, e os demais ministros tem todo o direito de pensar diferente.

Demonizar o Ministro

Joaquim Barbosa cometeu um dos erros mais grave desde que assumiu a presidência do Supremo. Foi uma atitude  ditatorial.Além de acusar o ministro de chicano,  acusou  o colega de jogar em favor da impunidade. A acusação é grave.. O principal problema na corrupção é não punir os corruptos.E mais que isso ele impediu que o ministro do STF concluísse o seu voto, não terminasse de argumentar e encerou a sessão do Supremo  como se a corte fosse dele.

Analistas da justiça e políticos acham que Joaquim Barbosa deve desculpas aos colegas do STF e ao próprio país.Barbosa tem ficado muito bem com a população por suas posições fortes. Mas é muito ruim demonizar um colega em rede nacional. Acaba perdendo o apoio dos demais ministros.

 
 

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