A possível vitória do governador Blairo Maggi, em 2014, esvazia a política de Mato Grosso — criando vácuos “de poder” significativos. Depois de governar o estado por duas vezes, o megaprodutor praticamente desmantelou as oposições. Wilson Santos, que disputou criticando as forças tradicionais, acabou desmoralizado e esquecido, provando-se que é igual a todos.. Embora diga o contrário, não está confortável no partido, pois é consultado tão-somente para assuntos decorativos. O senador Pedro Taques, do PDT, coloca-se como alternativa. Tem muita experiência judídica. Mas há uma informação ainda mais sugestiva: o vácuo político é de tal ordem que a alternativa para governo do estado de Mato Grosso, como oposição, não existe.

Como, em política, o vazio é ocupado com certa rapidez, o de Mato Grosso, com a possível presença de Maggi — que lidera as pesquisas, mas não diz que será candidato —, não tem ninguém que ocupa como oposição. Como não há contraponto, com uma oposição marcante, apontando os problemas do governo e indicando que as soluções encontradas não são as melhores. Pode-se dizer que Blairo é “sortudo milionário” e que, se o quadro permanecer amorfo, tende a ser eleito governador, em 2014.

As coisas estão fáceis para Blairo Maggi. Tanto que, ao contrário do que se pensava até há pouco, o senador talvez não precise ser “carregado” pelo peemedebista Silval Barbosa que com certeza ira atrapalhar. O senador vai ter peso na campanha, porque tem "credibilidade" e força no interior. Articulado, azeitou a frente política e, apesar de crises pontuais com o PMDB, não resta outro caminho para este partido, exceto apoiá-lo. 

No campo "oposicionista", com a possibilidade de Pedro Taques não entrar no jogo, o DEM já acenou que pode apoiar um dos dois, indo a reboque como sempre.

Os citados não são fracos, mas não são nomes fortes para enfrentar o senador Blairo Maggi, que comanda uma máquina poderosa.