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01/01/2021 - 19:33 | Atualizada: 03/01/2021 - 08:56

Mesmo acionado na Justiça para obedecer regras sanitárias, Bolsonaro causa aglomeração e incita desacato

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem ido com frequência ao litoral paulista. Hoje, primeiro dia do ano, está em Praia Grande, onde passeou de barco e nadou com banhistas.

Não se iludam, o presidente não morre de amores pelos paulistas. Suas viagens ao estado têm o objetivo de afrontar e desacatar as medidas sanitárias decretadas pelo governador João Doria, a quem vê como adversário na eleição presidencial em 2022.

Sem usar máscara, causando aglomerações e incitando a desobediência às normas sanitárias de isolamento e prevenção à covid-19, Jair Bolsonaro faz campanha contra a vacinação em massa e demonstra não ter nenhuma preocupação com a saúde dos brasileiros. Ele debocha da pandemia, chama de maricas quem usa máscara, desacata leis e profere opiniões descabidas, sem nenhuma base científica.

Veja as imagens do deboche publicadas pelo próprio presidente em suas redes sociais:




Ação Cível Pública

Tal comportamento foi denunciado por um grupo de paulistas que moveram uma Ação Cível Pública para obrigar o Presidente Jair Bolsonaro a obedecer as normas sanitárias em vigor no município do Guarujá, local escolhido por ele para passar o Réveillon. Segundo o site O Antagonista,  o grupo argumenta que o presidente, como funcionário público, deve obedecer aos princípios da legalidade e da moralidade e que, por isso, deve ser impedido de realizar qualquer ato que “deprecie, desdenhe, contrarie, burle, embarace ou ludibrie as determinações para a proteção da vida e da saúde da população estabelecidas pela Unidade da Federação em que permanecer”.

“Trata-se de um exemplo negativo promovido pelo Chefe de Estado, minimizando os efeitos da pandemia e, sabotando todo o esforço de parcela relevante da sociedade no sentido de conscientizar sobre os riscos e consequências verdadeiras da infecção da Covid-19, potencializando o número de infectados e, consequentemente, de óbitos”, diz a ação popular apresentada à Justiça Federal.
 
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