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24/05/2012 - 16:30

Senador anuncia que ajuizou Ação Popular para bloquear bens da Delta

O senador Pedro Taques (PDT-MT) acaba de anunciar em plenário que ajuizou Ação Popular pedindo o bloqueio de bens da empresa Delta Construções.

Há vários dias o senador Taques registra diariamente a preocupação com a demora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito. Ele alerta que a demora no bloqueio de bens facilita a dilapidação do dinheiro, em prejuízo da União.

“Não podemos permitir que a criminalidade passe a se assenhorear de membros do Ministério Público”, disse Pedro Taques.

Se a CPI não toma esta iniciativa, ele o faz.

 "Não é possível que a empresa (Delta) seja vendida enquanto a União analisa a idoneidade  da prestação de seus serviços", destacou.

A ação na Justiça Federal, assinada também pelo senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e pelo deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), é uma ação cautelar preparatória para uma ação popular que pede, além da urgência na indisponibilidade dos bens e ativos da empresa, também urgência do bloqueio de arquivamento de alterações societárias da empresa na Junta Comercial do Rio de Janeiro. Pede ainda a nomeação de um interventor judicial para a construtora, “para que ela não possa continuar a dilapidar seu patrimônio, para que obras do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] que está a realizar não sejam adiadas e que mais de 30 mil trabalhadores não percam seus empregos”. O senador lembrou que a Construtora recebeu quase R$ 4 bilhões do PAC e que parte desse valor foi depositado em contas de empresas fantasmas ligadas a Carlinhos Cachoeira

CNMP

Pedro taques disse também ter ingressado no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) com representação contra o ex-procurador-geral da República Geraldo Brindeiro, que recebeu dinheiro da Construtora em triangulação financeira. Segundo o senador, R$ 200 mil saídos da conta da Delta Construtora acabaram depositados na conta do escritório de advocacia do ex-procurador-geral da República Geraldo Brindeiro

- Enquanto procuradores da República, policiais federais e juízes participavam de grandes investigações de uma organização criminosa, que envolve risco de morte para todos, o ex-procurador-geral da República recebe esses valores em seu escritório. Eu, como cidadão e ex-procurador da República, quero saber disso. Não é razoável – afirmou o senador, que anunciou entrar hoje com uma representação no CNMP para investigar a situação.

 (Atualizada às  17h08)

 
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