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Representação do MP pede que TCU afaste Bolsonaro dos ministérios da Saúde, Economia e Casa Civil

Documento pede que o vice-presidente Hamilton Mourão assuma o comando administrativo

20/03/2021 - 07:55 | Atualizada em 21/03/2021 - 09:01

Da Redação

Representação do MP pede que TCU afaste Bolsonaro dos ministérios da Saúde, Economia e Casa Civil

Foto: Divulgação/TCU

O subprocurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União, Lucas Furtado, pediu nesta sexta-feira (19) ao TCU o afastamento do presidente Jair Bolsonaro das funções administrativas e hierárquicas sobre os ministérios da Saúde, da Economia e da Casa Civil.

Furtado solicita que o TCU reconheça a autoridade do vice-presidente, Hamilton Mourão, para comandar administrativamente o Ministério da Saúde, da Economia e a Casa Civil.

Não há prazo para o TCU analisar o pedido. Em casos assim, é designado um relator, que pode tomar decisão sozinho ou submeter o pedido ao plenário do tribunal.

O procurador Lucas Furtado pede ao TCU para "Determinar cautelarmente o afastamento do presidente da República das funções e competências administrativas e hierárquicas relacionadas ao comando dos Ministérios da Saúde, da Fazenda, da Casa Civil e de outros eventualmente identificados como responsáveis pela inércia e omissão na execução das políticas públicas de saúde no combate à pandemia da Covid-19."

"Não se discute que toda estrutura federal de atendimento à saúde, com recursos financeiros, patrimoniais e humanos, terá representado inquestionável prejuízo ao erário se não cumprirem sua função de atender à população no momento de maior e mais flagrante necessidade. É inaceitável que toda essa estrutura se mantenha, em razão de disputas e caprichos políticos, inerte diante do padecimento da população em consequência de fatores previsíveis e evitáveis", argumenta o procurador.

Furtado disse que baseou o pedido no Art 44 da Lei Orgânica do TCU que prevê "No início ou no curso de qualquer apuração, o Tribunal, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, determinará, cautelarmente, o afastamento temporário do responsável, se existirem indícios suficientes de que, prosseguindo no exercício de suas funções, possa retardar ou dificultar a realização de auditoria ou inspeção, causar novos danos ao Erário ou inviabilizar o seu ressarcimento."

Subprocurador-geral
Lucas Furtado é o decano entre os procuradores na Corte. É o que apresentou maior número de representações pedindo a fiscalização do governo federal. Somente em 2019 ele apresentou 67 representações aos conselheiros do TCU, a maioria delas pedindo a fiscalização da Presidência, pastas e autarquias.

 
 

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