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"Antes do paletó, o VLT já era símbolo da corrupção em Mato Grosso", diz Faissal

06/01/2021 - 18:40 | Atualizada em 09/01/2021 - 00:44

Deputado estadual Faissal Calil

Foto: Angelo Varela

O deputado Faissal Calil defendeu, na tribuna da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, na manhã desta quarta-feira, a mudança de modal a ser aplicado em Cuiabá e Várzea Grande do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) para o feito através de vias exclusivas para ônibus (BRT, sigla em inglês para Bus Rapid Transit). O parlamentar, que votou favorável a mudança, acredita que esta é a única solução viável para o sistema de transporte de passageiros mais eficiente para as duas cidades.

A implantação do VLT estava prevista para ser entregue em 2014, como parte do pacote de obras para a realização da Copa do Mundo de futebol, em Cuiabá. No entanto, a implantação do modal esteve envolta em vários casos de corrupção, que envolveram o ex-governador Silval Barbosa, conselheiros do Tribunal de Contas e deputados estaduais, na ocasião. Faissal apontou que a obra não finalizada deixou as duas cidades como grandes canteiros de obra a céu aberto e lembrou dos inúmeros acidentes já registrados nesses locais.

“Antes do paletó o VLT já era símbolo de corrupção no Estado de Mato Grosso. Foi uma grande roubalheira anunciada, perpetrada pelo ex-governador Silval Barbosa e seus amigos. Hoje temos canteiros com “gelos baianos” que só servem para causar acidentes. Aquilo foi feito apenas para se fazer medição e pagamentos irregulares. Essa é uma discussão de grande valia para nós, cuiabanos e mato-grossenses. Temos apenas três opções: VLT, BRT ou deixar como está”, afirmou. 

A mudança do sistema envolvendo trens (VLT) para o que seria operado por ônibus (BRT) é uma solução viável, tendo em vista que desde o início o segundo modal já era visto com bons olhos por especialistas e pela própria população, além de ser mais barato. Cidades como Goiânia, Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba utilizam este sistema. A alteração foi aprovada nesta quarta-feira pela Casa, em primeira votação.

Faissal afirmou ainda que, para ele, não se deve mais discutir VLT, por entender que é um modal impraticável. O deputado ressaltou ainda que o governador Mauro Mendes deu garantias aos parlamentares de que iria executar a obra. Ele destacou ainda que a finalização das obras do antigo sistema foi uma promessa de campanha dos dois ex-governadores e que ambos sequer chegaram perto de concluí-la.

“Silval disse que terminaria e não terminou. Pedro Taques afirmou que o VLT ficaria pronto em seu Governo e isso não foi feito. Será que não perceberam ainda que esse é um modal impraticável? Temos aqui na ALMT duas opções, ou seja, BRT ou deixar como está. O governador foi muito claro e sincero ao dizer a todos os deputados que se não aprovarmos este projeto de lei, tudo permanecerá como está. Quem tem o orçamento e decide é o governador e ele foi claro: Ou o BRT, ou nada”, concluiu.
 

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