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"É um capitão e um general, e ninguém sabe para que lado a saúde pública vai"

'Estamos sob uma intervenção militar burra'

12/12/2020 - 10:13 | Atualizada em 14/12/2020 - 15:32

Redação

Foto: Print de tela

Palavras de Henrique Mandetta em entrevista à Globo News no dia 11/12/2020:

- Não vai ter (vacina) para todo mundo, nós vamos atravessar 2021 inteiro lutando com isso.

- É um capitão e um general, e ninguém sabe para que lado a saúde pública vai. Estamos sob uma intervenção militar burra.

- Prevenção mais do que nunca agora, por que esse vírus vai continuar circulando. Ali na frente, se a gente entrar em abril e maio com vírus circulando, que é a sazonalidade, aí nós vamos ter a segunda onda.

- É preciso dar um freio de arrumação pra gente atravessar o verão.

- O Ministério da Saúde se anulou, a ponto de não querer sequer publicar os números. Teve que tomar uma ordem do STF para publicar os números, pra que a população pudesse saber o que estava acontecendo. 

- Nós vamos precisar de todas as vacinas... Fazer uma Medida Provisória pra confiscar me parece um arbítrio muito grande. Agora, se o ministro está verbalizando, tá falando alto, e o governador repercutiu o que ele disse, depois ele vem a público dizer que não é isso, que ele não vai confiscar, mais uma vez mostra que o Ministério da Saúde está completamente sem bússola, completamente sem Norte.

- Estamos nas mãos de pessoas que não são do ramo. Até escoteiro, quando começa no escotismo, é dito pra ele que ele tem que ter uma bússola pra ele saber onde é o Norte, pra ele não se perder. Me admira um general, em cima de um sistema de saúde numa crise, ele parece sem bússola... Eu não sei o que é pior: ele se submeter a essa lógica do absurdo, ou se é o presidente impor a lógica do absurdo.

- É uma total falta de inteligência. A inteligência você pode medir por QI, que é o quociente de inteligência, ou por QE, que é o quociente emocional. O presidente pode ter um QI razoável, mediano, mas tem um quociente emocional muito próximo de zero, e não mede a consequência de suas falas. Quando falou que era uma 'gripezinha', quando falou que não era coveiro, quando falou 'e daí' para o número de mortes, quando fala 'estamos no finalzinho', tudo isso... Hoje eu vi um sargento bater no rosto de um tenente-coronel por que ele não queria usar máscara. Por que isso é inspirado naquilo que o presidente fala, 'é marica quem quer se proteger dentro do Brasil'.

- Embora não vá ter um carnaval oficial dos governos, mas com esse tipo de fala é capaz do presidente se fantasiar e pular carnaval na Esplanada pra incentivar a cultura popular.

- Eu tentei explicar, com muita paciência, a ele, individualmente, ao conjunto de ministros, ao ministro da Economia, calma, não se precipite, trabalhe junto com a Saúde.  
 

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