O governador do Estado do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), entrou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir o direito de implantar seu próprio plano de imunização contra a Covid-19.
O governador pede, na ação, autorização para adquirir vacinas vacinas aprovadas por outras agências sanitárias, sem depender da Anvisa ou de qualquer órgão do governo federal.
"Ingressei ontem com ação judicial no Supremo. Objetivo é que estados possam adquirir diretamente vacinas contra o coronavírus autorizadas por Agências sanitárias dos Estados Unidos, União Europeia, Japão e China. Com isso, estados poderão atuar, se governo federal não quiser", postou o governador no Twitter.
Na ação, o governador pede ainda que a união seja obrigada a auxiliar os estados financeiramente para a aquisição direta das vacinas.
Enquanto o presidente Jair Bolsonaro trava uma batalha política contra a Coronavac, produzida pela Sinovac em parceria com o governo de São Paulo e o Instituto Butantan, milhares de brasileiros morrerão.
Sem planejamento, o Ministério da Saúde não se preparou para a logística de uma campanha de vacinação em massa. Ficou para trás na aquisição de vacinas e insumos para a campanha, como seringas, agulhas, álcool, algodão e gaze.
Diversos movimentos sociais de esquerda e direita mobilizam-se no país exigindo vacinação para todos. Como Flávio Dino, outros governadores podem acionar o STF a qualquer momento.
Reunião
A pedido do presidente do Consórcio Nordeste e coordenador do Fórum dos Governadores do Brasil, o governador do Piauí, Wellington Dias (PT),
governadores se reúnem às 11 horas desta terça-feira com integrantes do Ministério da Saúde, no Palácio do Planalto. A Presidência não informou se o presidente Jair Bolsonaro e ministros participarão da conversa.
Até o momento, o Brasil possui garantidas, segundo o Ministério da Saúde, 142,9 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 por meio dos acordos Fiocruz/AstraZeneca (100,4 milhões) e Covax Facility (42,5 milhões), iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS). O cronograma de vacinação prevê o início das aplicações apenas em março.
