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Bombeiros utilizam aeronaves e barcos para levar alimento aos animais no Pantanal

Animais silvestres escaparam dos incêndios agora recebem alimentos

04/10/2020 - 14:13 | Atualizada em 05/10/2020 - 13:29

Juliana Carvalho

Bombeiros utilizam aeronaves e barcos para levar alimento aos animais no Pantanal

Bombeiros alimentam animais silvestres no Pantanal

Foto: SEMA/MT

O Posto de Atendimento Emergencial aos Animais do Pantanal (PAEAS Pantanal) já distribuiu mais de 2,3 milhões de litros de água em atenção aos animais silvestres vítimas dos incêndios florestais no bioma. A força-tarefa também já destinou mais de 53 toneladas de alimentos em pontos estratégicos e georreferenciados para atendimento aos animais. Atualmente, 72 pessoas, entre servidores, militares, voluntários, funcionários da iniciativa privada e reeducandos estão envolvidos com o trabalho de resgate e assistência aos animais.

Desde o início do funcionamento do Posto, em 30 de agosto, foram atendidos 40 animais pelas equipes do PAEAS Pantanal de variadas espécies: Tuiuiú, Garça, Iguana, Jabuti, Jaguatirica, Queixada, Anta, Maritaca, Cachorro do Mato, Pequeno Roedor, Veado, Jabuti, Paca, Gavião (casaco de couro), Ariranha, Coruja Buraqueira, Quati, Lontra, Sagui Marrom, Veado Mateiro e Tamanduá.

“O que estamos vendo aqui no Pantanal é a união entre diversos setores e de profissionais das mais variadas profissões em prol de um objetivo único que é dar conforto aos animais que estão sofrendo diante dos incêndios florestais”, destaca o coronel Bombeiro Militar Paulo André Barroso.

Para o militar, que coordena do PAEAS e responde pela secretaria executiva do Comitê Estadual de Gestão do Fogo, temos, diante desse desastre ambiental, a oportunidade de criar um ciclo do bem em prol do Planeta. “Vemos que o homem tem a capacidade de se unir pelo bem, tanto quanto tem de se unir pelo mal causando desastres como esse. Agradeço ao Governo, às ONGs e instituições privadas que estão aqui presentes e àqueles que estão orando por todos. Esta  união fará diferença no futuro do Planeta”, complementa.









Ciência

As ações de distribuição de água e alimentos para fazer frente à seca é acompanhada por especialistas. Na última semana, uma equipe de especialistas do curso de Engenharia Sanitária da Universidade Federal de Mato Grosso esteve no local para avaliar as águas dos corixos.

”Estamos com suspeitas de botulismo nas lontras. Por isso, vamos avaliar a água existente nos corixos, a água dos caminhões pipa e também como ficará a qualidade da água depois que enchermos os lagos”, explica a médica veterinária Karen Ramos, responsável técnica pelo PAEAS Pantanal. 

Doação de alimentos

A população pode doar frutas e ovos por meio da ONG É O Bicho. As doações são recolhidas em diversos pontos, como a Integral Pet e IFMT Campus Bela Vista, em Cuiabá, e Hard Training Academia em Várzea Grande. A preferência é por frutas, já que contém mais água e auxiliam a manter os animais hidratados por mais tempo, já os ovos alimentam os animais que necessitam de proteína em sua dieta.

Os alimentos que têm surtido melhor efeito são banana, laranja, mamão, melancia, melão, abacaxi, maçã, goiaba, manga, caju, milho (in natura) e chuchu.  Os alimentos doados devem estar em bom estado, já que os animais não podem receber alimentos estragados.

Mais informações podem ser obtidas no Instagram @eobichomt




Toda vida importa

O PAEAS Pantanal é um dos instrumentos de resposta aos incêndios florestais e integra as ações do Centro Integrado Multiagências (Ciman). A força-tarefa para atendimento aos animais reúne esforços de órgãos do Governo de Mato Grosso, Governo Federal, entidades de classe, terceiro setor e instituições privadas.

O grupo é coordenado pelo Comitê Estadual de Gestão do Fogo e é formado pelas secretaria de Meio Ambiente e Segurança Pública, BPMPA,  Batalhão de Emergências Ambientais do Corpo de Bombeiros Militar, Programa REM-MT, Instituto de Defesa Agropecuária (Indea) e Marinha do Brasil. 

Assembleia Legislativa, Prefeitura de Poconé, Juizado Volante Ambiental e Ibama também estão presentes. A UFMT atua por meio do Hospital Veterinário, Centro Acadêmico de Medicina Veterinária e Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Silvestres. O Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) também apoia as ações.

O Conselho Regional de Medicina Veterinária e a Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso compõem o grupo. Do terceiro setor, a Ampara Silvestre, Associação de Defesa do Pantanal (Adepan), Instituto Mata Ciliar, Ecotrópica, É o Bicho MT, Instituto Luísa Mell, Grupo de Resgate de Animais em Desastres (GRAD), Reprocon e SOS Pantanal somam esforços. Já da iniciativa privada apoiam a ação a Integral Pet, laboratório VET Vida, Vivet, Clínica Anjo da Guarda e Pantaneiro Clínica Veterinária.
 

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